Os consumidores estão gradativamente migrando dos celulares básicos (baixa gama) para os smartphones, com mais recursos e com possibilidade de acesso à internet. Pesquisa do Ibope Inteligência em parceria com a WIN (Worldwide Independent Network of Market Research), empresa internacional de pesquisa de mercado, mostra que em 2012 a preferência de compra será por aparelhos inteligentes. De acordo com o estudo, 32% dos consumidores globais têm a intenção de adquirir um smartphone, contra 24% que pretendem comprar um celular comum. A intenção de migrar para um aparelho inteligente é fortemente puxada pelos países desenvolvidos, como Alemanha, Estados Unidos e Japão.
A marca mais desejada é a Apple, com 38% das intenções de compra, mais que o dobro que a Samsung, com 15%. Também foram citadas Nokia (8%), RIM/Blackberry (7%), HTC (6%) e LG (3%). O levantamento ouviu 40.557 pessoas em 44 países. No Brasil, foram 2.002 entrevistas em âmbito nacional, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, das classes A, B, C, D e E, classificadas de acordo com o Critério Brasil.
A posse de smartphone no país ainda é pequena: apenas 10% dos 245 milhões de aparelhos móveis são smartphones. O levantamento aponta que o cenário também deve mudar por aqui. Neste ano, 9% dos brasileiros pretendem adquirir um aparelho inteligente. As marcas mais mencionadas pelos brasileiros são Apple, Samsung, LG e Nokia. Hoje 71% dos brasileiros possuem um aparelho celular, contra 69% em 2010.
“No Brasil, a intenção de compra é bastante inferior à média mundial, de 32%. Mas 9% dizendo que pretendem adquirir um aparelho inteligente já é bastante significativo para a indústria”, avalia Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do Ibope. Esta é a segunda edição da pesquisa, que integra levantamento de TI/Telecom feito pelas duas empresas.
A transição dos aparelhos comuns para os inteligentes é uma tendência global, aponta a pesquisa. No último ano, a posse de smartphones quase dobrou, passando de 19% em 2010 para 35% em 2011. Já os celulares não considerados smartphones apresentaram uma queda na posse. Em 2010, 86% da população mundial possuía esse aparelho. Em 2011, o valor caiu para 80%.