O consumo de alimentos derivados de proteína vegetal está presente em 52% das duas mil pessoas entrevistadas em julho deste ano por uma pesquisa encomendada ao Ibope DTM pela empresa norte-americana de nutrição Archer Daniels Midland (ADM).
“Estamos trabalhando intensamente para estabelecer posições de liderança junto às principais áreas de crescimento e o segmento de proteínas alternativas é um dos que mais crescem”, destaca Roberto Ciciliano, presidente de nutrição humana da ADM para a América Latina, que possui um portfólio derivado de plantas, além de grãos, extratos botânicos, sabores e aromas que entregam soluções alinhadas às demandas dos consumidores.
Se acordo com o estudo, mais de cinco em cada dez entrevistados já consumiram produtos plant-based. Entre os chamados flexitarianos, 32% já repetiram o consumo desse tipo de produto e 18% afirmaram consumi-los sempre ou ocasionalmente.
Os dados revelaram ainda que 45% nunca experimentaram produtos à base de proteína vegetal, mas 42% se interessam em prová-los, o que indica um expressivo potencial de mercado.
“Essa pesquisa comprova o quanto esse mercado é vibrante e promissor, além de fornecer insights para a indústria de alimentos entender a melhor forma de apresentar seus produtos para esse consumidor ávido por novas opções”, aponta Alessandra Mattar, gerente de marketing de nutrição humana ADM para a América Latina, que esteve à frente do levantamento desde o início.
O estudo promoveu quatro discussões em painéis específicos nos quais os públicos estavam separados por grupos de afinidade: veganos, vegetarianos, flexitarianos e rejeitadores de produtos derivados de plantas, nos quais foi possível identificar as motivações para a aquisição de alimentos e bebidas de base vegetal e como o plant-based está associado a um universo mais sustentável.
Nessa etapa, foram detectadas as principais barreiras de consumo a fim de que a indústria possa se preparar para avançar.
Os entrevistados que fazem parte do perfil flexitariano, por exemplo, contaram que há o desejo de consumir produtos de base vegetal semelhantes às versões em proteína animal, mas temem a frustração com os produtos, o que pode interferir na decisão de compra.
Diante da impossibilidade de se ter um produto que, de fato, seja similar, muitos preferem aqueles que não se proponham a fazer imitações. Apresentar uma identidade própria de sabor passa a ser mais valorizado.