Através de comunicado oficial, divulgado no último dia 29, a Globopar (Globo Comunicações e Participações S.A.) anuncia que conseguiu acordo com seus credores para reestruturar o formato de pagamento da dívida superior a US$ 1 bilhão. A TV Globo, que tem faturamento anual em torno dos R$ 4 bilhões, é a principal avalista das dívidas acumuladas pela Globopar. “Após a conclusão deste processo de reestruturação e, dependendo da aprovação das autoridades competentes, a TV Globo e a Globopar irão se transformar em uma única empresa, que será responsável pelo cumprimento dos acordos firmados. As unidades de negócios (TV Globo, Globosat, Globo.com, Som Livre, Editora Globo e Globo Cochane) continuarão mantendo suas identidades, suas estratégias e relacionamentos com seus públicos específicos”, diz o comunicado da Globopar. Entre os credores da Globopar estão o Bradesco, Unibanco, Itaú BBA, Citibank, J.P. Morgan Chase Bank, Bank of America e Gavea Master Fund. Nos últimos meses, a Globopar reduziu o montante da sua dívida em US$ 300 milhões. “Desde o começo do processo de renegociação, a Globopar buscou fortalecer seus negócios de mídia e reduzir investimentos nas empresas de distribuição de conteúdo, diminuindo a dívida e aumentando o fluxo de caixa. Exemplos dessa estratégia, recentemente anunciados, são o acordo com a NewsCorp e DirecTV Group com relação à Sky Brasil Serviços Ltda, e a venda de participação da Net Serviços de Comunicação S.A para a Teléfonos de México S.A. Como resultado dessas medidas, o montante da dívida e obrigações será reduzido em mais de US$ 300 milhões”, acrescentou o documento. Segundo fontes, a TV Globo deve crescer seu faturamento verticalmente neste ano de 2004. A coluna do jornalista Daniel Castro na Folha de S. Paulo aponta que a previsão do início de 2004 subiu de R$ 3,4 bilhões para R$ 4 bilhões. O mesmo jornalista diz com bases em fontes próximas a Octávio Florisbal, diretor geral da emissora, que haverá reestruturação interna em 2005. Florisbal quer ter cinco diretorias, a exemplo da Diretoria Geral de Comercialização liderada por Willy Haas e a Direção Geral Artística, sob o comando de Mário Lúcio Vaz. As demais abrangem as áreas de Jornalismo (Carlos Henrique Schroder), Produção (Manoel Martins) e Recursos Humanos (Erico Magalhães).
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