Começou nesta semana a 8ª edição do FilmBrazil Experience, que traz criativos globais para conhecerem o país com o intuito de fomentar a produção publicitária nacional. Com uma agenda que inclui de desfile em escolas de samba a visitas a produtoras, a expectativa é que os criativos, responsáveis por contas globais de marcas como Nissan, Coca-Cola e Sony, tragam projetos para serem executados localmente. De acordo com Marianna Souza, gerente executiva da FilmBrazil, o momento é de otimismo. “Esses profissionais estão abertos para vir. Esta é a semana seguinte ao Super Bowl, é histórico ter três diretores globais neste ano no país”, aponta.
Empolgados com os grandes eventos à frente, os publicitários não medem palavras otimistas para falar do Brasil. “Vim porque soube da robustez econômica e de fenômenos como a explosão das redes sociais”, afirma Chuck Meehan, diretor executivo de criação da Doner, com sede em Detroit e sem escritórios na América Latina. “Esse é um mercado incrível do qual ouvimos muito falar, com alta qualidade de casting e de produção”, complementa Corey Bartha, responsável pelo departamento de produção da Wieden+Kennedy Portland — diretamente envolvido na concepção do filme “Write the future”, para Nike, Grand Prix de Film no Cannes Lions 2011.
Tito Melega, diretor de criação da TBWAChiatDay Los Angeles para a conta da Nissan para as Américas, uma das patrocinadoras das Olimpíadas 2016, diz ter vindo para encontrar possibilidades de produzir para a marca localmente. “A Nissan é uma marca que está empenhada em campanhas globais. Então, nosso foco é na troca de ideias. Queremos trazer campanhas para cá e levar ideias da nossa parceira aqui”, diz, citando o viral “Pôneis malditos”, da Lew’LaraTBWA. “O potencial de viralização foi mágico”, avalia.
Para auxiliar os publicitários a encontrarem os parceiros de que precisam, uma série de 15 visitas a produtoras do Rio de Janeiro e de São Paulo foi agendada. Empresas como Conspiração, Hungry Man, Dínamo, Stink e Vetor Zero são algumas das que estão na lista. No Rio, a agenda também inclui a Rede Globo de Televisão, que faz a transmissão do Carnaval.
De acordo com Marianna, da FilmBrazil, no ano passado o projeto gerou US$ 500 mil em negócios para as produtoras associadas da Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais). Os principais atrativos do país, segundo a executiva, são locação e casting. De acordo com ela, ainda é mais barato produzir no Brasil que em países como Argentina, Chile e Uruguai, onde a a parte de talentos encarece a produção.