O presidente do Conar, Gilberto Leifert, foi incisivo ao atacar as regulações e as tentativas de restrição à livre propaganda, independente do segmento. Abrindo a palestra “Liberdade de expressão e democracia”, no V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, o executivo criticou os “adversários” da publicidade e do próprio mercado e defendeu a autorregulamentação, mesmo em setores delicados, como o da publicidade infantil, o de medicamentos e o de bebidas alcóolicas.
“A regulação defende uma falsa ideia de restrição à liberdade de informação. O consumidor não pode sofrer bullying pelo que escolher consumir ou por ser uma minoria. Bullying é a intolerância, o mau humor e o politicamente correto, que restringem a liberdade e a criatividade”, disse Leifert.
Entre os pontos criticados pelo presidente do Conar estão a “ilegal” Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), “que tenta impôr sérias restrições” à publicidade de medicamentos e a de outros produtos, tanto que a medida foi contestada pelo TGU (Tribunal Geral da União), que impediu que a regulação da vigilância sanitária fosse válida. Além do setor farmacêutico, a restrição à divulgação de bebidas alcoólicas e à publicidade infantil também foi criticada. “A tentativa de regulamentação da publicidade contraria a tendência do exterior, que pede mais autorregulamentação do mercado. Qualquer produto lícito pode ser anunciado desde que siga a autorregulamentação e algumas regras”, encerrou.