Uma das agências mais tradicionais e criativas do Rio Grande do Sul adotou nova estrutura societária. Roberto Callage, sócio fundador da DCS juntamente com Antonio D’Alessandro, saiu da operação na semana passada. Do grupo WPP, a DCS agora está apenas sob o comando de D’Alessandro. Callage optou por sair do negócio e, por contrato, não poderá atuar na área da propaganda pelos próximos dois anos.
A agência tem 25 anos no mercado gaúcho e uma história de sucesso. Segundo o Ibope Monitor, é a maior do Rio Grande do Sul. Recentemente abandonou completamente o tradicional formato de agência por departamento e está com nova operação interna, com três unidades independentes: um núcleo voltado para a nova classe média brasileira, que é a DCS A; outro especialista no público feminino, com a DCS M; e o último focado no público jovem, com a DCS Y.
A agência enfrentou um momento difícil no final do ano passado com a investigação da Operação Mercari, que denunciava superfaturamento de notas nos serviços prestados ao Banrisul. Embora ainda não tenha resultados conclusivos, a situação pode ter fragilizado a agência internamente. Semana passada, perdeu a conta do Grupo Azaleia e também a do Shopping Iguatemi. Em função disso, viu-se obrigada a adequar a estrutura à nova realidade e demitiu pelo menos 40 dos seus 104 funcionários.
Ao mesmo tempo, continua demonstrando sua performance criativa e conquistou uma série de prêmios no Colunistas Rio Grande do Sul, com trabalhos criados para a Tramontina, que foi o Anunciante do Ano. Procurados pelo propmark, os sócios optaram por não dar declarações no momento.
por Ana Paula Jung