A DPZ&T vem se consolidando como uma das agências mais hábeis na criação de estratégias capazes de inserir as suas marcas nas conversas dos brasileiros. Mas, desta vez, quem caiu na ‘boca do povo’, ou melhor, do mercado, foi o negócio conduzido por Eduardo Simon.
A pandemia do coronavírus dominou as rodas de conversas das famílias
de todo o mundo. Mas, no Brasil, a tensão provocada pelas incertezas sanitárias e econômicas impostas pela quarentena foi desviada por campanhas que renderam à DPZ&T o título de Agência do Ano na votação do Melhores do PROPMARK 2020.
A agência conseguiu colocar outros assuntos em evidência num momento em que as pessoas eram bombardeadas pela cobertura da Covid-19. A isenção de investimento do Itaú Personnalité e a discussão da paternidade pelo transsexual Thammy Miranda para a Natura são alguns deles.
“O resultado é fruto de uma confiança intrínseca na relação duradoura que temos com os nossos clientes, o que nos permite assumir riscos em parceria com as marcas”, pontua o CEO da DPZ&T. O executivo atribui a conquista ao trabalho construído desde a fusão de uma das agências mais emblemáticas da publicidade brasileira com a Taterka, operação anunciada há cinco anos.
Do legado de Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza – que formaram a sigla mais icônica da publicidade brasileira – emergiu um player que não mede esforços para inserir de maneira genuína as marcas de seus clientes no diálogo dos brasileiros. Veio a pandemia e, com ela, a importância de se manter uma postura autêntica ficou ainda mais evidente, instaurando um divisor na relação entre empresas e pessoas.
Certo da responsabilidade de ajudar a reconstruir a relevância da comunicação brasileira, o executivo indica o futuro do setor. “Com tantas restrições nos relacionamentos deste ano, falar da essência das marcas e o seu propósito na vida das pessoas será cada vez mais fundamental para mantê-las em um mercado que não mais tolera interrupções”, defende Simon. O caminho será trilhado pelas marcas que souberem entreter as pessoas e não simplesmente comunicar especificidades a respeito de um determinado produto.
A mudança do nome das lojas do McDonald’s é um dos projetos que retratam uma proposta genuína de comunicação. Iniciado em 2019, quando a cadeia de fast-food completou 40 anos no Brasil, o trabalho fundamentado na percepção afetiva do brasileiro com a marca – carinhosamente chamada de “Méqui” – seguiu com uma plataforma de ativações implementadas também neste ano.
“Esse é o exemplo de uma campanha que nem foi brifada. Mostra a intimidade não só do consumidor com a marca, mas também da DPZ&T com o cliente a ponto de conquistarmos a liberdade de propor uma mudança desse porte”, destaca Simon. A segurança da rede de restaurantes atendida desde 1994 pela vencedora do Melhores do PROPMARK 2020 evidencia o sucesso da agência que “é a casa da propaganda brasileira”, reforça o executivo.
À frente do negócio que definiu o crescimento profissional de nomes renomados da publicidade brasileira, Eduardo Simon reconhece a preocupação da agência em encontrar uma maneira de restituir a importância do mercado publicitário nacional e da comunicação de marcas que têm significado para os brasileiros.
“O Brasil perdeu a sua relevância nas últimas décadas. E recuperá-la é uma missão difícil para a nossa geração”, pondera Simon. Mas o CEO da DPZ&T permanece imbuído hoje na tarefa de explorar propósitos verdadeiros para recolocar o Brasil entre os três mercados mais importantes da propaganda mundial.