1. Aos poucos, vão se acendendo as luzes do Natal na cidade, deixando para trás um ano difícil para os brasileiros, no qual pontificaram uma Copa do Mundo de Futebol com o país-sede sendo eliminado da final por uma goleada que jamais será esquecida e por uma campanha eleitoral para os cargos do Executivo e do Legislativo, marcada por uma onda de mentiras nunca antes produzida em toda a nossa história republicana.
Foi tão pesado o clima pré-eleitoral, que até mesmo o resultado final das urnas – no segundo turno – foi contestado pela oposição, com os vencedores perdendo ótima oportunidade para impor mais uma derrota àquela. Para tanto, bastaria concordar com a auditoria, que segundo os vencedores nada apuraria de errado, deixando os acusadores em posição vexatória.
Tudo, porém, já passou e o povo se prepara para o Natal, com a comunicação do marketing fazendo o seu papel e melhorando a vida dos anunciantes e do mercado em geral. A ideia dominante é aproveitar bem este período até as festas, pois os experts preveem outro ano ruim em 2015, no que sinceramente não acreditamos.
Este que se vai esgotou as perspectivas mais pessimistas e o Brasil já está maduro o suficiente para voltar a crescer acima da meta inflacionária. Neste ponto, a reeleição de Dilma Rousseff poderá contribuir de forma decisiva, pois estes quatro anos que estão se expirando mostraram à presidente e sua equipe que para grandes questões são necessárias grandes soluções e que a obrigação de todo governante é governar para todos e não apenas para uma parte da população.
Não se deve negar que a parte mais carente tem que ser a mais assistida, mas a atenção a todos produzirá resultados mais rápidos e satisfatórios sobre a miserabilidade que aumentou no país de 2012 para 2013, segundo os próprios dados oficiais.
Sabemos que é difícil mudar cabeças quando escravizadas por ideologias. Mas, quem governa deve pensar 360°, lembrando-se diuturnamente que a verdade está no meio.
A impressão que fica neste período de entressafra entre o fim das eleições e o início dos novos mandatos é a de que, pelo menos no que concerne à presidente da República, ela demonstra propensão a um pacto nacional, que lhe será tarefa árdua diante dos seus extremados, que batem e rebatem em teclas da desunião.
Uma delas é essa fixação diante da mídia independente, querendo a todo custo controlá-la, ainda que através do eufemismo do oligopólio, para possivelmente abrandar a ira dos mais de 50 milhões de eleitores da oposição.
No seu azáfama diário de presidir um país continental durante quatro anos com problemas por demais complexos, em um mundo idem, S.Exa. já deve ter refeito algumas das suas teorias que na prática se modificam, como ensinava o saudoso Joelmir Beting.
O Brasil é um país essencialmente capitalista e a grande maioria dos seus 202 milhões de habitantes professa o mesmo credo econômico-social.
Parte considerável da base da pirâmide procura montar seu próprio negócio, mesmo que seja de porte reduzido, buscando através desse meio de vida uma lucratividade que a realizará profissionalmente.
Nós brasileiros somos seres libertários, atrevidos e indispostos a seguir rebanhos ideológicos que levam a nada, como a própria História já demonstrou.
Por tudo isso e por acreditarmos na sabedoria da presidente Dilma Rousseff, apostamos em um período melhor para o país no ano que se aproxima.
As luzes de Natal sinalizam para a esperança, clube da maior torcida da população brasileira.
2. Membros da Academia Brasileira de Marketing, presidida por Francisco Madia de Souza, escolheram na última semana as melhores mídias deste ano, julgando a 28ª versão do consagrado Prêmio Veículos instituído pela revista Propaganda, da Editora Referência.
A relação dos vencedores o leitor encontrará nesta edição do propmark, acrescida dos profissionais que também fazem parte desse rol: o Mídia do Ano, Luiz Gini, diretor de mídia da Neogama/BBH (também agraciado recentemente pela APP na sua premiação Garra do Galo) e o Profissional de Veículo do Ano, Eduardo Becker, da Globo.com, principal responsável pelo grande avanço desse portal nos últimos tempos.
Por essa significativa relação de premiados da mídia brasileira que, as autoridades que vão governar o país a partir de janeiro, devem refletir sobre a caduca ideia do controle da mídia.
Se o Brasil é o país da diversidade, sua mídia espelha essa realidade de forma contundente, mostrando a sua força e correção, o seu verdadeiro compromisso com a verdade, incompatível com qualquer jugo que seja, e mais ainda com o oficial.
3. Encerrando a fase de premiação da 27ª versão do Marketing Best, a Editora Referência, o Madiamundomarketing, a MadiaMarketingSchool e a Academia Brasileira de Marketing premiaram, igualmente na última semana, os melhores cases do mercado brasileiro.
Na presente edição do propmark, um resumo de cada vencedor e o registro da escolha do Marketing Citizen do Ano, que recaiu sobre Roberto Justus, presidente do Grupo Newcomm, cuja agência-mãe, a Y&R, ocupa há anos a liderança do mercado através do ranking de faturamento de agências.
A festa de entrega dos prêmios aos vencedores ocorrerá na noite de 2 de dezembro, nos salões do HSBC, abrilhantada pelo Grupo Fundo de Quintal e com a presença aguardada de dois mil convidados das empresas vencedoras, convidados especiais do Marketing Citizen e celebridades do mercado.
Também aqui, as autoridades que cumprirão mais quatro anos de governo a partir de 1º de janeiro, poderão se debruçar sobre o conteúdo dos cases vencedores, verificando como podem ser obtidas metas planejadas, através do emprego das diversas disciplinas do marketing.
4. O tradicional Diário do Comércio, em seu formato impresso, deixará de circular, dando lugar exclusivamente à sua plataforma digital.
Segundo informe da Associação Comercial de São Paulo, que edita o jornal, sua última edição ocorrerá no próximo dia 14.
A entidade celebrou acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, para publicações legais e financeiras das empresas que utilizam o Diário do Comércio, nas mesmas condições de preços e prazos.
5. A SPGA Consultoria de Comunicação, de Luiz Sales, Alex Periscinoto, Sergio Guerreiro e associados, divulga nota de esclarecimento na primeira página desta edição do propmark, deixando claro que se tudo parece novo para quem não conhece o existente, não é exatamente assim que ocorre na sua área de atuação.
Segundo a SPGA, o método de escolha de agência para o Santander, desenvolvido pelo Grupo Consultores e alardeado como “uma abordagem mais justa e eficiente para ambas as partes”, com respaldo na recente concorrência da Sadia, coordenada pelo mesmo grupo, na qual não foram solicitadas peças criativas, não é procedimento inédito.
A SPGA reafirma que essa é apenas uma das muitas técnicas que utiliza há vários anos, além de outros métodos do seu portfólio de ações, deixando claro que cada caso é um caso e que “não existem métodos exclusivos”. Para ilustrar suas afirmações e tradição no setor, a SPGA lista uma série de grandes anunciantes por ela atendidos na busca de agências (vide relação no anúncio da SPGA).
6. O panfletário Oliviero Toscani, arrasado pelo saudoso Francesc Petit em debate de duas décadas passadas na TV brasileira, volta a atacar em nosso país.
Como sempre, Toscani, mesmo vinte anos mais velho, não perdeu a vocação de crítico feroz das agências de propaganda, usando e abusando de injuriá-las em entrevista concedida no último dia 3 ao jornal Metro, edição do Espírito Santo.
Fernando Manhães, presidente do capítulo local da ABAP, enviou carta ao editor-chefe do Metro, repudiando as declarações de Toscani ao jornal.
O italiano, desde os tempos de lançamento da marca Benetton, em cuja campanha publicitária atuou como fotógrafo, diretor de arte, redator e assessor de imprensa, tem a entidade agência de propaganda como sua inimiga número um.
*Este editorial foi publicado na edição impressa do propmark de 10 de novembro de 2014.