Bruno Senna está garantido como titular de uma das equipes mais tradicionais da Fórmula 1 em 2012. O piloto brasileiro assinou nesta segunda-feira (16) um contrato com a Williams e guiará um dos carros do time inglês, ao lado do venezuelano Pastor Maldonado. A escolha por Senna, que disputava o posto com o compatriota Rubens Barrichello e com o alemão Adrian Sutil, se confirmou após os investimentos garantidos por Eike Batista, dono do Grupo EBX, que semanas atrás já havia garantido, via Twitter, que o piloto seria dono da vaga remanescente – já que Maldonado estava garantido, tendo apoio da petrolífera estatal venezuelana PDVSA.

Em busca de um piloto que angariasse patrocinadores de peso, especialmente após ter perdido nos últimos anos o apoio de Philips, Air Asia, RBS (Royal Bank of Scotland) e AT&T, esta última sendo a principal marca vinculada à escuderia, a Williams buscava a melhor equação entre o que se chama na F1 de “piloto pagante” e aquele que pudesse, com seu talento, levar o time a bons resultados dentro da pista. Graças ao apoio da OGX, empresa de óleo e gás do Grupo EBX, o nome de Senna se mostrou o mais interessante nesse balanço.

Mais apoio

Além da OGX, outras grandes companhias auxiliaram nos valores que a Williams receberá por ter escolhido o sobrinho de Ayrton Senna como titular. Também investem na carreira de Bruno empresas como Embratel, Procter & Gamble (por meio de Gillette) e MRV Engenharia, que, em diferentes tipos de patrocínio, terão suas marcas expostas nos carros da escuderia e em peças de vestuário do piloto, como macacão, luvas e capacete, além de também poder usar, em determinados casos, a imagem de Senna e da Williams em sua comunicação. Estimativas do mercado indicam que o brasileiro angariou aproximadamente R$ 35 milhões para a equipe.

Ex-grande

A Williams é, sem dúvida, uma das mais tradicionais equipes da história da Fórmula 1. Atualmente, porém, não passa nem perto dos tempos gloriosos que já lhe garantiram, em 34 temporadas, sete títulos de pilotos e nove de construtores. Seu último ano vencedor foi em 1997, quando levou o canadense Jacques Villeneuve ao campeonato e seu companheiro de equipe, o alemão Heinz-Harald Frentzen, a vice, garantindo-se como a melhor escuderia e tendo o melhor piloto.

A última temporada, com Rubens Barrichello e Pastor Maldonado como sua dupla de pilotos, é considerada a pior da história da Williams, com apenas cinco pontos conquistados – quatro por Barrichello e um por Maldonado. O panorama futuro, entretanto, é otimista entre os especialistas. A equipe passou, após o fim de 2011, por uma grande reformulação interna, especialmente com a saída de seu diretor e cofundador Patrick Head, e com a adoção do motor Renault para este ano, no lugar do antigo Cosworth.

por Karan Novas