Se em Entertainment for Music o Brasil levou um dos Grand Prix (leia aqui), na categoria Entertainment, a que trata de projetos de conteúdo feitos pelas marcas, não emplacou Leões. Um trabalho chegou a finalista, History Blocks (Africa para Unesco), mas na etapa final, Daniela Busoli, CEO da Formata e jurada brasileira na categoria, afirmou que não conseguiu votos suficientes para chegar a Leão.

“O argumento usado para eliminar a peça é que outros recursos poderiam ter sido usados para educar as crianças da mesma forma, no lugar do game. Embora  a peça tenha sido muito bem votada como finalista, não conseguimos mãos levantadas o suficiente para emplacar Leão”, lamentou.

O Grand Prix da categoria foi o documentário oferecido pela J&J “5B’, que resgata histórias de pessoas que morreram de Aids nos anos 80, no primeiro hospital, em São Francisco, nos Estados Unidos, que tratou da doença, enaltecendo a performance de enfermeiros e médicos como cuidadores em uma época de muito desconhecimento e preconceito. Será exibido em junho deste ano no cinemas e segundo Scott Donaton, global chief creative e content officer da Digitas nos EUA, presidente do júri de entertainment, tem total aderência com a proposta da marca J&J.  

Segundo a jurada brasileira, o Brasil precisa aprimorar seus projetos de branded content, fugindo do formato que lembra a publicidade tradicional. 

“Ainda havia muitos projetos – do Brasil e também de alguns outros países – que lembravam publicidade, e esta não é a proposta do branded entertainment. O que vi este ano, aqui, foram muitas marcas se arriscando mais, entrando em temas mais complexos, como a própria J&J, apostando mais. Estes foram os trabalhos mais premiados”, observou.