Da esquerda para direita: Sérgio Prazeres, João Luiz Albuquerque, Rafael Sampaio, Clóvis Speroni, Rodrigo Bethlen, Gláucio Binder e Renato Gaudioso

O secretário especial de ordem pública da cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlen, manteve reunião com as principais entidades do negócio da propaganda para iniciar parceria para regularizar a mídia exterior na capital fluminense. Cerca de 50% dos espaços estão em situação irregular: placas de outdoor, táxidoor, busdoor, empenas de prédios, ambulantes e placas de identificação comercial, por exemplo.

O secretário, a pedido do prefeito Eduardo Paes, tem feito represessão pontual nas peças de mídia consideradas abusivas. Na reunião, Bethlen ouviu dos representantes do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro (Sérgio Prazeres), Associação Brasileira de Propaganda (João Luiz Albuquerque), Associação Brasileira de Anunciantes (Rafael Sampaio), Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Clóvis Speroni), Sindicato das Agências de Publicidade/RJ (Gláucio Binder) e Sindicato das Empresas de Mídia Exterior (Renato Gaudioso) que o documento será produzido de forma rápida.

“Queremos estabelecer regras e parâmetros nesta área com o menor trauma possível. A mídia exterior no Rio de Janeiro ficou sem critério, ou é ilegal ou não paga os devidos tributos à Prefeitura. Não queremos ficar arrancando painéis e sim estabelecer uma parceria com o mercado publicitário no sentido de segregar quem atua na ilegalidade. O que percebemos é que houve uma descrença geral inclusive em relação às nossas notificações. Por isso agimos rápido. Para combater o pouco caso”, afirmou  Bethlen.

O plano das entidades tem três pontos cruciais: “redução da quantidade de peças publicitárias permitidas por autorização expressa da municipalidade, eliminando a chamada poluição visual; adequação dos espaços de mídia exterior na cidade, partindo do atual plano de ordenamento urbano, com sua divisão por regiões, e o estabelecimento de um plano de subregiões de comunicação publicitária, de forma que as permissões passem a levar em conta a extensão e largura de ruas e avenidas, localização, pontos de beleza natural a serem defendidos, tipo de atividade de comércio e serviços, referências urbanas; e focar em um modelo de fiscalização que leve em conta uma ação proativa das empresas e entidades envolvidas, desenvolvendo a autogestão por autoregulamentação, atuando em parceria com a prefeitura”.

As entidades vão propor a criação de um cadastro de “pontos legais” através de um site para consulta das agências e anunciantes dos espaços adequados.  Uma comissão permante será formada para auxiliar a prefeitura nas decisões.

A cidade do Rio de Janeiro foi pioneira na implantação do chamado Mobiliário Urbano quando foi feita uma revisão do uso dos espaços externos como mídia. Anteriormente, na gestão do prefeito Marcos Tamoio, por exemplo, placas de outdoor só poderiam ser afixadas em clubes esportivos desde que esses tivessem atletas de pelo menos três modalidades olímpicos.