A mobilização dos empresários de mídia exterior contra a Lei 14223/06, conhecida como “Cidade Limpa” marcada para este final de semana em São Paulo conquistou, nesta sexta-feira (24), o apoio da ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes), da Abrasel São Paulo (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping). Cerca de 55 empresas de mídia exterior responsáveis por cerca outdoors e placas luminosas da cidade de São Paulo, vão protagonizar o “apagão” proposto pelo Sepex (leia aqui). Serão desligadas as luzes das peças publicitárias presentes nas avenidas mais importantes, como a Paulista, Rebouças, 23 de Maio, Nove de Julho, além de toda a Marginal Pinheiros, nas imediações do Jockey Club de São Paulo e da Cidade Universitária. Os empresários do setor esperam sensibilizar também os comerciantes, para que desliguem a iluminação na porta dos estabelecimentos e das placas indicativas, que também sofrerão uma redução no tamanho com a nova lei que entra em vigor no dia 1º de janeiro.
Os empresários esclarecem que são favoráveis às normas e regras que harmonizem a paisagem, ordem o setor e primem pelo equilíbrio, mas são contrários à radicalização da nova lei, que simplesmente extingüe o segmento de mídia exterior na cidade, seus negócios e empregos, como nunca aconteceu em nenhuma outra capital do mundo. “Queremos antecipar à população um pouco do impacto da lei para a cidade e os cidadãos a partir de janeiro, já sem as luzes da mídia exterior. As peças fazem parte da paisagem urbana e além de tudo colaboram com a iluminação pública para deixar a cidade mais segura”, afirma Luiz Roberto Valente, um dos empresários do setor que organiza a manifestação. Segundo Valente, em muitas vias e avenidas, as luzes dos outdoors servem de apoio à iluminação menos intensa e permitem aos moradores sentir-se menos vulneráveis. “A própria CET, por vezes, nos solicita a manutenção da iluminação durante toda a noite, porque (“a luminosidade emanada por estes painéis colabora com a visibilidade dos motoristas”), conforme nos escreveram”, conta o empresário.