Um estudo divulgado pelo instituto de pesquisa online, Opinion Box, relevou que o hábito de baixar músicas ilegais na internet é 31% menor entre os usuários de streaming. Esses serviços, como Deezer, Google Play Music, Napster, Rdio e Spotify, atualmente disponíveis no Brasil, fornecem catálogos com faixas nacionais e internacionais de forma gratuita.
Foram ouvidas 1.112 pessoas, 609 homens e 503 mulheres, acima de 18 anos, de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas com questionário online. O estudo foi encomendado pelo Comitê de Desenvolvimento da Música Digital, iniciativa que reúne os principais provedores de serviços de streaming de música no Brasil.
De acordo com a pesquisa, o rádio continua sendo o meio mais popular para ouvir música no Brasil para 76,4% das pessoas. Plataformas de vídeo online (73,7%), MP3 (72,8%), CD (60,1%), Televisão (48,2%), Streaming (28,2%) e Vinil (8,2%) aparecem em seguida, ocupando as primeiras sete posições entre as preferências dos brasileiros.
Além disso, o conhecimento do brasileiro sobre o serviço de streaming de música cresceu no Brasil. Dos entrevistados, 56,5% afirmaram já conhecer o segmento, 40,9% usam todos os dias e 40,6% disseram que utilizam as plataformas pelo menos uma vez na semana.
A maioria dos questionados escuta música em casa (78,8%) — desse total, 45,5% ouvem suas faixas prediletas enquanto fazem faxina. Trabalho (33,7%), trânsito (33,6%), academia (28,8%), estudo (21,4%) e festa (13,7%) aparecem logo em seguida como os momentos prediletos de quem tem o habito de escutar música através de serviços de streaming.
“O streaming é uma forma de tirar o ouvinte da prática do download ilegal e o inserir num sistema pago e legal de música”, diz o analista. “A pesquisa também mostra que esse mesmo ouvinte quer ter acesso à música de maneira irrestrita e barata, independentemente se ele está conectado à internet ou não”, avalia Leo Morel, pesquisador do mercado brasileiro de música e professor de Cultura e Novas Mídias da FGV-Rio.