A forte presença das consumidores brasileiros nas redes sociais e o anseio das marcas por estar próximas a eles fizeram com que a Euro RSCG anunciasse a sua nova operação no Brasil — a Euro RSCG Social, que na verdade opera no mercado desde abril, com seis contas, todas “herdadas” da operação da agência principal. O modelo brasileiro é o primeiro da unidade do grupo Havas no mundo e concentrará também as ações para marcas presentes em outros países da América Latina.
A operação nasce por uma “necessidade latente” partindo de pedidos dos próprios clientes da Euro, segundo André Artacho, ex-Google, Ogilvy e Deloitte, a quem cabe a direção geral da Social. “Foi inevitável. Iria acontecer de qualquer forma e representa ganho tanto nas questões de entendimento das marcas quanto em agilidade, para definir ajustes em uma campanha, por exemplo”, afirma. Ele credita a escolha do Brasil para abrir a primeira unidade ao fato de o país continuar atraindo os olhos do mundo, apesar das derrocadas da economia. Ainda de acordo com Artacho, no próximo ano novas agências devem ser abertas em outras regiões.
A unidade nacional nasceu sob três pilares: planejamento e estratégia, com o desenvolvimento de ativações; conteúdo e relacionamento, cobrindo a interação com a audiência e identificando oportunidades; e monitoramento, com o acompanhamento da repercussão das marcas perante o público. Entre as ações para os seis primeiros clientes, Teacher’s, Pizza Hut, eHarmony, Decathon, Aeroporto de Guarulhos e Veja (Reckitt Benckiser), o Facebook tem sido a ferramenta mais corrente. “É a rede com maior penetração e acaba sendo a com mais espaço para as marcas, tanto em termos de relevância como em facilidade para se trabalhar”. Artacho afirmou, porém, que o intuito não é ficar apenas com essa ferramenta, e sim analisar outras opções. O que irá determinar é a ação.
Instalada no mesmo prédio que abriga a Euro RSCG São Paulo, a agência abriu as portas com cinco profissionais e, com novas contratações, chegará a nove em cerca de um mês e meio, segundo o executivo, que acredita que a agência deve precisar encontrar outro endereço para operar em pouco tempo. A expectativa é de que até o final do ano a Social dobre o número de clientes.