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José Maria Marin fechou acordo com a Justiça americana que lhe permitirá esperar em prisão domiciliar, em Nova York, pelo julgamento de seu caso. O ex-presidente da CBF pagou US$ 15 milhões (R$ 57 milhões) de fiança. O brasileiro tem nada menos do que um apartamento na Trump Tower, na 5ª Avenida, uma das áreas mais caras de Nova York, onde vai ficar até o seu julgamento. O cartola está preso em Zurique desde 27 de maio, quando o FBI invadiu os preparativos da eleição da Fifa e prendeu o brasileiro e mais seis altos dirigentes da entidade que governa o futebol no mundo e confederações regionais.

Pelo acordo que assinou, o ex-cartola do futebol pode sair para ir ao médico, à igreja e para fazer compras, com a autorização do FBI. Segundo o advogado do ex-presidente da CBF, ele está usando tornozeleira eletrônica.

As autoridades dos Estados Unidos acusam Marin de aceitar subornos na venda de diretos de comercialização para a TV dos jogos da seleção nas Copas Américas de 2015 e 2016, além dos direitos da Copa do Brasil de 2013 até 2022.

De acordo com a investigação realizada pela Procuradoria de Nova York, o ex-presidente da CBF seria um dos beneficiários de uma propina de R$ 110 milhões pagos pela empresa uruguaia Datisa, que tem como dona a empresa de marketing esportivo Traffic, do empresário J. Hawilla, que já está preso nos Estados Unidos desde o ano passado e participando de um programa de delação premiada.

Segundo os procuradores do caso, o esquema de propinas foi fechado em janeiro de 2014, quando Marin ainda era o presidente da CBF e membro do comitê executivo da Fifa. O representante brasileiro na Conmenbol, que também está envolvido, era Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, também investigado pelo FBI e que tem evitado sair do país desde o último mês de maio.