No início do pregão da Nasdaq desta sexta-feira (18), um jovem e franzino executivo tocava o sino de começo das operações financeiras na bolsa de empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Este jovem bilionário era ninguém menos que Mark Zuckerberg, fundador e principal acionista do Facebook, que em seu IPO (Initial Public Offering, a oferta inicial de papéis no mercado de ações) se tornou um dos maiores da história.

A rede social fixou suas ações a US$ 38 em sua inauguração no mercado financeiro, e deve levantar de US$ 16 bilhões a US$ 18,4 bilhões com todas as transações iniciais. Após a abertura de capital, o Facebook ficou avaliado em US$ 104 bilhões.

Durante seu primeiro dia no pregão, negociado sob a sigla FB, o papel da rede social oscilou entre US$ 43 e US$ 38, fechando com o valor de US$38,2318, uma alta de 0,61%. Foram negociados 421.233.615 papeis.

A transação é o terceiro maior IPO da história de Wall Street, atrás apenas de General Motors (US$ 18,14 bilhões) e Visa (US$ 19,65 bilhões). Entre todas as bolsas de valores do mundo, o Facebook ocupa a 7ª posição; a liderança é do Agricultural Bank of China, que levantou US$ 19,2 bilhões quando abiu seu capital em 2010 na Bolsa de Hong Kong. O segundo lugar é do mesmo mercado de ações, quando em 2006 o Banco ICBC levantou cerca de US$ 19,1 bilhões.

O IPO da empresa de Mark Zuckerberg supera largamente o do Google no posto de maior companhia de tecnologia a abrir capital. Em 2004, quando passou a ser negociado também na Nasdaq, o buscador arrecadou US$ 1,9 bilhão e ficou avaliado em US$ 23 bilhões. Entretanto, o valor singular de cada papel foi bem inferior: as ações FB custaram US$ 38, contra US$ 85 do Google.