Na semana passada, a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Publicidade) reuniu lideranças do mercado publicitário, em encontro realizado em Pernambuco, e decidiu criar um grupo permanente de trabalho para avaliar a proposta de reforma tributária do governo federal e seus possíveis desdobramentos sobre a atividade publicitária.
No encontro, representantes do setor publicitário de todo o País mostraram-se contra a criação do novo imposto pretendido pelo governo, a CSS (Contribuição Social para a Saúde), que viria em substituição à extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
De acordo com Ricardo Naban, presidente da Fenapro, “se esta contribuição tiver o mesmo formato da CPMF, incidindo sobre todos os valores que transitam nas contas bancárias, terá um forte impacto no setor de propaganda, como já ocorreu no passado com a CPMF, cuja cobrança sobre as agências de publicidade era muito mais onerosa em comparação com outras atividades”.
Segundo o presidente da entidade, isso ocorreria porque as agências negociam a verba dos clientes junto aos veículos de comunicação e aos prestadores de serviços e a cobrança do incidiria sobre os valores totais que passam pelas contas correntes. “Isto quintuplicará o valor do tributo para o setor, representando forte ônus”, disse Naban.