A Fhinck, startup residente do Cubo Itaú e que gera dados para melhorar o desempenho operacional, eficiência, produtividade e qualidade de vida para colaboradores nas empresas, vai ficar uma semana offline para oferecer descanso mental aos seus times.
A pausa será de 11 a 15 de outubro e o período não terá desconto das férias nem reposição de banco de horas. A ação vale para os times de produto, marketing, vendas, administrativo e RH, que juntos somam mais de 32 colaboradores. A ideia é que eles tenham momentos de descanso, viajem e relaxem.
Sarah Hirota, líder de Pessoas e Cultura da Fhinck, comenta o peso do isolamento social, somado ao estresse gerado, angústia e medo. “Entendemos que os prejuízos causados à saúde mental é algo que dá para ser evitado ou mesmo antecipado quando a liderança tem dados. Uma pessoa que entra e sai de reuniões, uma atrás da outra, não consegue descansar o cérebro, logo, não produz o tanto quanto poderia, além de ter a criatividade ofuscada. Isso é muito ruim tanto para a saúde mental do colaborador, quanto para a empresa. Queremos oferecer as melhores condições para incentivar a sustentabilidade de um trabalho que equilibre motivação e cadência” explica.
Essa é a primeira vez que a startup faz algo assim. Segundo Sarah, a ação foi motivada devido ao ano exaustivo, praticamente emendado em outro. “
É justo com os colaboradores, além de ser uma oportunidade para descansarem e reporem as energias”, explica.
Para fazer a pausa com tranquilidade, a Fhinck se organizou e enviou comunicados diariamente aos clientes, adiantando demandas e resolvendo assuntos prioritários. “Caso tenham algo urgente a resolver e que apareça nessa semana, a orientações foi enviar um e-mail contendo no assunto a palavra “urgente”. O software não para, continua a alimentar os dados de forma remota e autônoma. A ideia e orientação da diretoria da Fhinck é que os colaboradores descansem”, afirma.
Durante a pandemia, graças aos dados, a startup conseguiu medir a falta de descanso mínimo entre jornadas, controle e sobrecarga em sobre volume de reuniões, bem como aumento do isolacionismo digital entre colegas de trabalho (comunicação isolada em pequenos grupos).
Entre os achados: aumento de 12% a mais na jornada média de trabalho, 22% de aumento de foco no home office, aumento de 27% do risco de casos de burnout em cargos sêniores e de liderança, 17% de aumento na mistura de rotinas trabalho x atividades pessoais durante a pandemia, alongando a jornada de trabalho, e possibilidade de risco trabalhista em cargos de não confiança.