A direção do grupo Fiat Chrysler (FCA), de capital italiano e americano, anunciou na última quarta-feira (5) que retirou a proposta de fusão feita à Renault por falta de condições políticas na França para que a negociação dê certo.

Segundo a agência Efe, em comunicado, a Fiat Chrysler disse seguir “firmemente convencida” quanto à razão “convincente e transformadora” da proposta, avaliada em US$ 40 bilhões, e que que a proposta continha “termos cuidadosamente equilibrado para oferecer lucros substanciais a todas as partes”. A empresa também agradeceu ao grupo Renault pelo “compromisso construtivo”.

O Conselho de Administração da Renault havia informado que, a pedido do governo francês, principal acionista da empresa, adiaria a decisão. Além dessa resistência, a agência informou que havia pressão de Nissan e Mitsubishi, que mantém uma aliança com a montadora francesa.

O ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, comentou o pedido do adiamento em entrevista à emissora “RMC”, explicando ser necessário estudar melhor as condições. “Queremos fazer essa fusão, mas não com qualquer condição e sim com as que nós estabelecemos. Levaremos o tempo necessário”, disse.

Entre as garantias, o governo da França exigia que os empregos dos 46 mil funcionários da Renault no país fossem mantidos e queria ter representação na direção da nova empresa.