Carminha (Adriana Esteves) é a vilã de Avenida Brasil e protagonista da reta final da novela

 

A história da reta final da novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo, envolve o sequestro do protagonista Tufão e o pedido de resgate de R$ 20 milhões por parte dos criminosos, que resolveriam suas vidas com o montante. Entretanto, a emissora faturará muito mais — e de forma lícita, legal e moral — com a trama. Segundo a Forbes, os ganhos da empresa com a novela, com 1h40 de duração, podem chegar a R$ 2 bilhões, conquistados por meio de comerciais e merchandising. Ainda de acordo com a publicação, cerca de 500 anunciantes nacionais, regionais e locais aparecerão de alguma forma apenas no último capítulo.

O periódico americano traçou um perfil sobre “Avenida Brasil”, destacando a popularidade do programa, que bate seguidos recordes de audiência. Com média de 41 pontos de audiência e 69% de share, o programa chegou a 48 pontos e 75% de share no penúltimo capítulo, nesta quinta-feira (18), batendo a maior marca da Globo, anteriormente conquistada com a transmissão da final da Copa Santander Libertadores entre Corinthians e Boca Juniors.

A Forbes afirmou que um dos principais argumentos para a popularidade da trama é que ela reflete a sociedade brasileira, como a ascensão da nova classe C ao patamar de endinheirados, entre outras histórias mais pontuais, mas recorrentes no dia a dia da população. “Em vez de quererem assistir a tramas fantásticas e fantasiosas, o brasileiro quer ver a si mesmo”, destacou a publicação.

O último capítulo de “Avenida Brasil” tomou proporções gigantescas, a ponto de mudar a agenda oficial de Dilma Rousseff e cancelar um comício do candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, do PT. O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), responsável pela gestão elétrica do país, emitiu um alerta dizendo que terá que ampliar a capacidade do sistema de transmissão de energia, mas que pode faltar luz durante ou depois do programa devido ao alto consumo. Na última quarta-feira, o consumo foi de 69,6 mil MW (mega-watts), mas o órgão se prepara para suportar até 76,7 mil MW, o recorde de demanda em 2012.