As dificuldades enfrentadas pelos veículos brasileiros também atingiram a Folha de S.Paulo, que realiza nesta semana cortes de vagas e ajustes de despesas. Segundo fontes do propmark, foram cortados cerca de 40 postos de trabalho em geral, além de 5% da equipe dos jornalistas.
Jornal brasileiro de maior tiragem e circulação, com uma média diária de 300 mil exemplares, o diário anuncia ainda mudanças editoriais, que passam a valer a partir da próxima segunda-feira (10), como a extinção do caderno Equilíbrio, que deixa de circular e virou uma página semanal. Em comunicado, a Folha justifica que “o fraco desempenho da economia e seu reflexo na publicidade dos jornais obrigaram a Folha a fazer ajustes pontuais em suas despesas, com corte vagas de trabalho e suspensão da cobertura de folgas e férias”.
De acordo com o jornal, para otimizar sua operação, foram criados três novos núcleos de produção. O primeiro é o de Cultura, que englobará os cadernos Ilustrada e Ilustríssima e será comandado pela jornalista Heloisa Helvecia. O segundo deles é o de Mercado, que passará a incluir o caderno diário homônimo e os semanais Folhainvest, Carreiras, Imóveis e Veículos, sob o comando da jornalista Ana Estela de Sousa Pinto. Já o terceiro núcleo agrupará as editorias de Ciência, Saúde e Equilíbrio e terá à frente a jornalista Débora Mismetti. O caderno Equilíbrio deixa de circular e passa a ocupar uma página semanal em Cotidiano.
A estrutura do jornal inclui os suplementos semanais nos seus respectivos dias, como o Folhainvest às segundas-feiras e o New York Times às terças-feiras. No último domingo do mês, circula a revista Serafina. Os cadernos diários de Poder/Mundo, Mercado, Cotidiano, Esporte e Ilustrada não mudam de configuração.
Mais baixas
O Grupo Abril também deve anunciar uma reestruturação que pode originar demissões. De acordo com fontes do propmark, por conta disso, devem ser descontinuadas algumas revistas da editora. Procurada, a empresa afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai comentar o assunto.
Nesta semana, também houve demissões na Record, no Rio de Janeiro. Vale ainda lembrar que, em abril, o Estadão fez cortes em várias áreas, incluindo a redação, e uma reestruturação no jornal – que extinguiu cadernos. Antes, o Grupo Estado havia fechado o Jornal da Tarde.