Passados pouco mais de dois meses desde o início de 2013, o Grupo Full Jazz, presidido por Christina Carvalho Pinto, enxerga com otimismo os dias que virão. Segundo a executiva, projetos adiados em 2012, devido a fatores como contenção de verbas, estão finalmente criando forma. “2012 foi um ano atípico, com um cenário diferente daquele com o qual estamos acostumados. Muitos clientes postergaram seus planos e posso dizer, após conversas com diversos colegas do setor, que a situação foi geral. Esse panorama, no entanto, nos gerou uma proatividade muito grande na busca por novos clientes e um começo de ano intenso, já que as ideias engavetadas ganharam aval para se concretizarem”, explica. Por conta dessa perspectiva, o grupo definiu uma meta de crescimento de 70% em 2013. “Sabemos que esse número é ambicioso, mas não nos parece absurdo por dois motivos: somos um grupo butique, portanto, nossa base não é mega; e nosso posicionamento, caracterizado pela visão mais consciente do todo, finalmente começa a ter muita demanda”, diz.
Para definir esse posicionamento, Christina recorre à interpretação de sustentável, mas não de forma “rasa”, como faz questão de frisar. “Não acredito em sustentabilidade como uma matéria à parte. Sustentabilidade é uma consequência de um profundo amor e apreciação pela vida de tudo e todos. Logo, se trabalhamos com ideias, ser sustentável significa que estas ideias não vão agredir nenhum tipo de público. Essa definição está intimamente conectada à noção de consciência. Muita gente não entende consciência como expansão e a confunde com ‘politicamente correto’, este sim um termo detestável, representado por uma série de regrinhas, muitas vezes imbecilizantes, feitas para constranger a livre expressão. Operar de forma consciente é fazer exatamente o oposto, entender os cenários e, consequentemente, contribuir de maneira mais aberta para a construção das marcas”, declara.
Os clientes conquistados entre o ano passado e início deste incluem Copersucar, Atacadão e Elog Logística – todos adeptos da multidisciplinaridade e, portanto, trabalhando em conjunto com a Full Jazz Propaganda, a Full Digital e a Full Trends, com foco em eventos, promoções e endomarketing. Além destes, o grupo atende Transitions, Queensberry, Faber-Castell, Kimberly-Clark (site de Neve), Climatempo, Assessor Bordin – Assessoria Contábil e Grupo Padrão. Christina adianta que outros dois grandes contratos estão sendo fechados.
Sem crise
Assunto frequente entre os comunicadores, a era das redes sociais é vista por Christina com bons olhos. “Gosto muito da sensação de que não temos controle absoluto sobre o que acontece com uma marca, porque acredito, desde sempre, que a construção dessa marca é feita por muitos personagens. Nunca me agradou a ideia do consumidor como mero objeto da comunicação. Ele é um coconstrutor. Por isso, adoro as possibilidades que as redes sociais trouxeram. Essa realidade obriga agências e anunciantes a serem mais coerentes e sinceros: não podemos manipular ninguém, prometer o que não podemos cumprir ou atacar aspectos que públicos como crianças e adolescentes não estejam preparados para discernir. O consumidor terá voz cada vez mais alta”, destaca.
Mais do que um cliente, o WTC – Clube de Negócios está ao lado do Grupo Full Jazz em uma parceria que sua presidente define como grandiosa. Com lançamento previsto para o fim do primeiro semestre deste ano, o projeto, sobre o qual a executiva ainda mantém detalhes em sigilo, tem como objetivo a preparação e mobilização de diversos setores da sociedade para 2022, ano em que o país completa 200 anos da Independência. Atualmente, o WTC conta com mais de 2,2 mil empresas associadas e sedes em cinco importantes capitais. “Será uma iniciativa de grande impacto na história do nosso país”, salienta Christina.
Social
Com mais de um milhão de atendimentos contabilizados, a Avape (Associação para Valorização de Pessoas) completa 30 anos em 2013. “Lançaremos essa campanha comemorativa, provavelmente, em 60 dias. O propósito é trazer amigos e doações para que a ONG possa aumentar seu volume de assistência. É um projeto que envolve um planejamento estratégico muito complexo, com adesão de veículos e ações em TV, rádio e revista. A Avape está conosco há mais de dez anos e é a maior capacitadora da América Latina para pessoas portadoras de deficiência, um número que, no Brasil, chega a 12% da população”.
Já a parceria entre a The Key, empresa de consultoria do grupo, e o Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), rende a campanha “Bem Querer Mulher”, que prega a não violência. “A maior causa de morte ou aleijamento de mulheres de 14 a 46 anos no país é a violência doméstica. Esta é uma informação surpreendente e tenho certeza de que qualquer marca que se associar à causa terá muita adesão”, adianta Christina. Para informações sobre como se unir ao projeto, basta acessar o site bemquerermulher.webnode.com.
O Grupo Full Jazz também atende as ONGs Estrela Nova, Associação Parceria Contra as Drogas e Instituto Zero a Seis.
Além do futebol
Christina afirma que o grupo está trabalhando em diversos projetos ligados à Copa do Mundo e já em circulação entre clientes e prospects. Ela destaca a parceria entre a Conteúdos Com Conteúdo – empresa pertencente ao grupo, mas com atuação independente – e a banda mineira Skank. “Eles estão juntos em um tour por todas as cidades que terão jogos. São 12 shows e a ideia é que a agenda comece ainda este ano, aproveitando a Copa das Confederações”.
A empresa também está envolvida na organização de uma grande mostra sobre a vida e obra de Armando Nogueira (1927 – 2010), um dos mais notáveis jornalistas esportivos do Brasil. “É uma exposição itinerante, de conteúdo riquíssimo, que estamos disponibilizando para agências e anunciantes, aproveitando a fase pré-Copa e Copa”, ressalta a executiva. Segundo ela, o projeto chegou ao grupo há cerca de três semanas e está em busca de parcerias.
