O CEO do WPP Group, Martin Sorrell, voltou a alfinetar os grupos rivais Publicis e Omnicom, que se fundiram para criar a maior empresa de comunicação do mundo, e disse que a união criará uma “corrida armamentista” entre franceses e americanos pelo controle da nova holding. De acordo com o plano de fusão, o CEO do Publicis Groupe, Maurice Levy, e o CEO do Omnicon Group, John Wren, atuarão como coCEOs pelos primeiros dois anos e meio da nova companhia. A partir de então, o americano permanecerá como CEO e o francês atuará como presidente, mas sem poder executivo.
“Estruturalmente, é algo inábil”, disse Sorrell durante um evento de comunicação e mídia promovido pela empresa de serviços financeiros UBS em Nova York. “É confuso e vai nos dar muitas oportunidades”, continuou o britânico, afirmando que uma possível disputa interna entre os rivais pode fazer com que o WPP absorva clientes e talentos. Essa não é a primeira vez que Sorrell critica a fusão, confirmada em julho. Em agosto, o CEO do WPP afirmou que ambos os grupos estavam tomando uma decisão que não parecia estratégica e que estavam “dando meia volta”.
A fusão, porém, une empresas que eram então segunda e terceira operações da indústria e forma uma holding que corresponde a um faturamento de US$ 22,7 bilhões, de acordo com resultados de 2012, gerando um valor de mercado de nada menos que US$ 35 bilhões. A nova potência supera com folga o WPP, que reportou receita de US$ 15,6 bi ano passado e deixa a liderança.
*com informações do AdvertisingAge