Como a inovação e tecnologia permeiam a economia, política e a sociedade como um todo? Qual é a importância de quebrar certos paradigmas para se manter competitiva no mercado? Essas e outras questões foram respondidas durante o fórum Revolução do Novo, nesta terça-feira (21), em São Paulo.
O evento promovido pelas revistas Veja e Exame reuniu profissionais envolvidos com o ambiente de startups para debates sobre como as transformações tecnológicas têm atingido as corporações e o mercado de trabalho.
“Nunca foi tão importante a coragem de revisar paradigmas, questionar hierarquias, ampliar horizontes e estressar relações estáveis. Precisamos promover uma completa revisão das decisões estratégicas e principalmente agir com velocidade na sua adoção. Daqui para frente a mudança é o único estado permanente”, destacou Walter Longo, presidente do Grupo Abril, na abertura do evento.
O fórum contou com palestras de líderes de empresas que se destacam no cenário brasileiro e mundial pelo seu DNA de inovação. O debate sobre o império da tecnologia, por exemplo, contou com a participação de Romero Rodrigues, fundador do Buscapé e sócio da empresa de investimentos Redpoint Eventures; Cristina Junqueira, co-fundadora e vice-presidente do Nubank; e Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil.
Os profissionais discutiram questões em voga em todo o mundo, como a ideia de que a tecnologia pode substituir a mão de obra humana, além do uso de recursos como inteligência artificial e os desafios dos avanços tecnológicos em um país onde a educação ainda é deficitária. “O Brasil não tem um gap de talento. O que falta sem dúvida é uma estrutura que suporte mais isso (inovação), que fomente esse tipo de atuação, mais espaço nas empresas para os desenvolvedores que estão se formando nas universidades”, disse Cristina, da Nubank.
Os debatedores comentaram ainda sobre as dificuldades de algumas empresas de abraçarem o novo e como o Brasil é privilegiado pelo papel que desempenha. “A tecnologia está hoje disponível de forma acessível para qualquer empresa e essa é a grande questão da ruptura. Qualquer empresa pode ter acesso a uma tecnologia completamente desruptiva do ponto de vista a desafiar os padrões estebelecidos. É uma grande oportunidade para o Brasil. Ele não necessariamente vai precisar passar por todos os passos do desenvolvimento tecnológico que outros países passaram. Tudo isso é possível, mas óbvio que dá trabalho”, ressaltou Paula, da Microsoft.
O fórum contou ainda com participações de Fernando Reinach, biólogo, sócio e gestor do Fundo Pitanga de Investimentos, que abordou as diferenças entre inovação radical e inovação incremental e as dificuldades das empresas de aceitar ideias que questionam seu modelo de negócio.
Já Vicente Falconi, sócio-fundador da Falconi Consultores de Resultado, falou sobre “A gestão no ambiente disruptivo”, enquanto Guilherme Leal, empresário e co-presidente do Conselho de Administração da Natura; Roberto Waack, presidente da Fundação Renova; e Claudia Lorenzo, vice-presidente de Relações Corporativas da Coca-Cola, participaram de um debate sobre Sustentabilidade.