A Globo reuniu representantes de agências e anunciantes na última segunda (28) no Audio Day, evento para discutir o cenário e as perspectivas desse mercado no Brasil. Participaram executivos da Globo, CBN e produtores de conteúdo em podcast. A Globo já reúne 64 podcasts.

A programação teve compartilhamento de dados inéditos e aprendizados da empresa com suas experiências em podcasts e assistentes de voz, além de mesas de discussão com criadores de conteúdo no formato.

Renata Fernandes, Eduardo Schaeffer, Flávia Toledo e Ricardo Gandour (Créditos: Globo / Maurício Fidalgo)

Eduardo Schaeffer, diretor de negócios integrados da Globo, reforçou a importância do segmento para o mercado e destacou o “fenômeno que é o crescimento do mercado de áudio”. “Um fenômeno que muda o jogo para muitas empresas, muitos consumidores e que iremos viver juntos daqui para frente. Uma nova forma de produzir conteúdo, editorial e publicitário, em um formato que desmonta as possibilidades de entregas tradicionais. Um universo em que as marcas ganham muita relevância porque se misturam de forma muito mais fluída com o conteúdo”, afirmou.

Renata Fernandes, head de mídias digitais da Globo, falou sobre o Ecossistema Globo de Áudio, que reúne 64 podcasts, incluindo conteúdos das verticais de jornalismo, entretenimento e esportes da Globo, além de programas da CBN.

Segundo ela, mais de 50% da audiência está fora do eixo Rio – São Paulo, com 12% na faixa entre 15 e 24 anos, 36% entre 25 e 34 anos e 23% entre 35 e 44 anos. “Estamos lidando com um formato importante por ser muito democrático. Que comporta todo tipo de conteúdo, que é fácil de tocar e que é muito rico por chegar às pessoas em um momento muito íntimo. E isso torna esse um universo importante para produtores de diferentes tipos de conteúdo, que fala muito bem tanto para nicho quanto para a massa”, disse.

A executiva falou de experiências da Globo com assistentes de voz, comentando que 43% dos usuários iniciaram uma receita buscada no ‘Receitas GShow’ e 55% solicitaram a pesquisa eleitoral ou as opiniões dos candidatos usando o ‘G1 Eleições’, por exemplo. Ela também relembrou a chegada dos Flash Briefings do G1, GloboEsporte.com e CBN à Amazon Alexa.

Camila Olivo, Cléber Machado, Renata Lo Prete e Fernando Luna (Créditos: Globo / Maurício Fidalgo)

Mais informação
Flavia Toledo, gerente de análises e insights do marketing integrado da Globo, apresentou um estudo inédito sobre o mercado de publicidade em podcast. De acordo com ela, composto por cerca de 700 mil programas ao redor do mundo, esse universo tem gerado uma receita em constante crescimento, que deve chegar a perto de US$ 1 bilhão, apenas nos Estados Unidos, em 2021. A plataforma já é “muito importante por cerca de 48% dos profissionais de marketing dos Estados Unidos” e deve despertar interesse também no Brasil.

Já Ricardo Gandour, diretor executivo da CBN, apresentou cases nos quais as marcas compreenderam e estão utilizando de forma muito fluida as características básicas dos podcasts em ações no formato. “São soluções super customizadas, no ambiente digital, que cruzam informações e experiências em ações que se destacam por seus resultados muito positivos”, disse.

Experiência
A programação também teve duas mesas de discussão. A primeira, com Tata Lopes, do podcast do Zorra, Juliana Wallauer, do Mamilos e Gustavo Castilião, do Quebradev, falou sobre o relacionamento com o público e de que forma as pessoas podem interagir com o conteúdo.

Já a segunda reuniu os jornalistas Renata Lo Prete, do podcast O Assunto, Cléber Machado, do Hoje Sim!, e Camila Olivo, do Panorama CBN. Eles conversaram sobre seus trabalhos na produção e narração de podcasts e como se prepararam. Fernando Luna, diretor de projetos digitais da diretoria de negócios integrados da Globo, mediou os dois debates.

Gustavo Castilião, Juliana Wallauer, Tata Lopes e Fernando Luna (Créditos: Globo / Maurício Fidalgo)