A receita líquida de R$ 12.523 milhões alcançada pela Globo em 2020 veio com a ajuda da plataforma de streaming da emissora, o Globoplay, que registrou um aumento de 73% no volume de assinantes. Neste ano, a expectativa é de que a base cresça de 25% a 30% ante o exercício anterior, preparando a companhia para o plano de assumir a liderança do mercado de streaming brasileiro até o fim desta década. O foco está no Brasil, mas o Globoplay está presente nos Estados Unidos e pretende chegar também a Inglaterra e Portugal.
Com Deezer, Disney+ e Apple TV+ como parceiros, a plataforma deve anunciar novos acordos em breve, se tornando cada vez mais estratégica na transformação digital da companhia ao lado da TV aberta, que segue uma evolução puxada pela programação ao vivo, capitaneada pelo jornalismo, esporte e realities. Alcance e engajamento entre as diversas culturas do país permanecem como as suas fortalezas.
Em 2020, a TV Globo atingiu uma média de 175 milhões de pessoas ao mês, 30 milhões a mais do que a emissora tinha há 20 anos. Em 2001, a média mensal era de 142 milhões de brasileiros. A oferta combinada de soluções se traduz no programa Uma Só Globo, que integrou os cinco negócios da companhia – TV Globo, Globosat, Globo.com, Globoplay, Som Livre e gestão corporativa – sob a marca Globo.
A TV por assinatura também passa por um avanço sustentado nas vMVPDs, que trazem novas oportunidades de distribuição, alcance e comercialização. O formato promete diversificar a já existente oferta de TV por assinatura no Brasil. Em operação há menos de um ano, o Globoplay + Canais ao Vivo já é um exemplo deste modelo.
Conteúdos originais e exclusivos são ofertados em sinergia com os 19 canais Globo através do pacote Globoplay + Canais Ao Vivo, além de podcasts. A plataforma permite combinar diferentes assinaturas e dá acesso a serviços especializados. Lançado em 2015, o Globoplay surgiu com o propósito de amplificar o alcance da grade linear da TV Globo e de seu acervo. Mas foi além.
A média mensal de consumo passou de sete milhões de horas nos primeiros meses de operação para as atuais 150 milhões de horas, com crescimento de 233% na base de assinantes de junho de 2019 até o mesmo mês deste ano. Há mais de cem projetos em produção. Chegam em breve a segunda temporada de Segunda Chamada, Verdades Secretas 2, e os novos capítulos de Aruanas e Desalma. Com o mercado independente, virão Rota 66 – A História da Polícia Que Mata e novos episódios de A Divisão e Arcanjo Renegado. Entre as obras documentais do Globoplay, estão O Caso Evandro, Em Nome de Deus e Marielle.
Globonews
Em 25 anos, a GloboNews se consolidou como referência em notícia na TV por assinatura. Cerca de 30 milhões de pessoas passaram pelo canal em mais de 20 horas diárias de conteúdo ao vivo no ano passado. Segundo a Globo, o canal fechou o primeiro semestre de 2021 com o melhor desempenho de audiência de sua história, com liderança em São Paulo e a segunda posição no ranking geral da TV por assinatura. Na comparação com canais de notícias, tem desempenho 75% superior à soma dos concorrentes.
Mas o debate de temas contemporâneos vem também da produção de séries, festivais, podcasts e documentários. Entre as novidades, estão Maale: Desejo de Paz, Voluntário ****1864, Fênix: o voo de Davi, 12 Estações e Drive True. Desde 2014, a GloboNews já produziu mais de 70 documentários com Globo Filmes, Canal Brasil e Globoplay. Torre de David, Síria em Fuga e Aliados receberam indicações ao Emmy Internacional.
A lista inclui Cidades Fantasmas, Libelu e Cine Marrocos, todas vencedoras do Festival É Tudo Verdade –, além de Marinheiro das Montanhas, único filme brasileiro selecionado para o Festival de Cannes de 2021. Os assinantes do Globoplay + Canais Ao Vivo têm acesso à programação da GloboNews e ao conteúdo sob demanda. Desde maio, o canal realiza o festival Converse, que traz debates sobre sociedade, sustentabilidade e educação em ações complementares ao conteúdo do canal linear.