Detentora dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos para TV aberta, TV paga, internet e mobile até 2032 no Brasil, a Globo vai discutir individualmente os acordos de patrocínio com seus parceiros em uma possível renovação para 2021. A decisão da emissora foi anunciada após a confirmação do adiamento da competição para o ano que vem, em Tóquio. A medida a respeito da mudança da data foi feita nesta terça-feira (23) pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e governo japonês.
Segundo apuração do PROPMARK, Bradesco e Claro já haviam fechado pacote comercial para os jogos de 2020, adquirindo, cada um, cota no valor de R$ 96,9 milhões. Ambos são parceiros frequentes da emissora em projetos esportivos, não à toa, patrocinaram as transmissões da Rio 2016.
Mais recentemente, o Bradesco também viabilizou financeiramente as duas temporadas do reality Ippon – A Luta da Vida, no programa Esporte Espetacular.
A Globo havia disponibilizado ao todo seis cotas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, totalizando mais de R$ 580 milhões.
Em nota enviada ao PROPMARK nesta terça-feira (24), a emissora destacou que apoia a decisão do adiamento do torneio e dá mais detalhes de como será a negociação com parceiros de negócios:
“Tivemos conhecimento do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio pelo anúncio oficial, não fomos consultados previamente sobre o assunto. Entendemos que, no momento, as prioridades são a saúde e a segurança de todos, e por isso respeitamos as decisões dos organizadores dos eventos.
O que podemos afirmar é que, diante do atual cenário e da relação histórica de respeito que temos com os nossos patrocinadores, os planos e projetos relacionados à cobertura dos Jogos Olímpicos serão discutidos individualmente com cada um deles após a pandemia”.
Além da Globo, a BandSports também detém os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos em TV paga.
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