Todo mundo curte, compartilha e troca likes, mas afinal, o que é um meme? São imagens engraçadas, é falar sobre coisas com imagens, é humor, é uma forma descontraída de debater acontecimentos recentes como política ou economia. Essas são algumas definições encontradas em pesquisa recente realizada pela Consumoteca Lab e que estará disponível, na íntegra, em forma de estudo na Plataforma Gente, a partir desta quarta-feira (29).
“O uso do meme como forma de expressão vem crescendo cada vez mais e já existe uma nova forma de comunicação com eles. Além de explicar de forma fácil algum fato, o meme também influencia na rapidez com que o acontecimento será disseminado. É uma mudança na forma como nos relacionamos que está em curso e não podemos deixá-la de lado.”, afirma Marina Roale, coordenadora de pesquisa do Consumoteca Lab.
Criado pelo geneticista Richard Dawkings, o termo meme foi usado pela primeira vez em 1976 para batizar uma unidade de informação cultural. Anos depois, em 1998, o site Memepool resgatou o nome. O endereço, que era um agregador de links, mostrava o alcance de público de certos conteúdos que eram escolhidos a partir do que os criadores achavam interessante. No ano seguinte, a psicóloga Susan Blackmore usou o termo para dar nome ao livro que pensa nos humanos como máquinas de memes, ou seja, máquina de repetição. Finalmente, em 2017 surge o Museu de Memes, um projeto da Universidade Federal Fluminense que traz à tona o uso deste recurso.
Ferramenta utilizada maciçamente pela Geração Z, o meme abriu portas para uma nova forma de comunicação. De acordo com os resultados do estudo, há uma legitimação de como as pessoas enxergam e pensam o mundo através desse recurso. Além disso, outro fator que se destaca com o uso dos memes é a estética do deboche, levando em consideração que a maioria das intervenções são de humor. Sendo assim, esse novo meio de conversa pode mascarar sentimentos reais e, ao mesmo tempo, criar vias de debates.
“A Plataforma Gente está conectada aos novos comportamentos e tendências. O uso de memes vem crescendo nas estratégias de comunicação e o estudo aprofunda esta questão. Esperamos que o conteúdo gere reflexão, debate e insights para pessoas e marcas”, explica Mariana Novaes, Gerente de Marketing Corporativo da Globosat.
Outro ponto de destaque no material, é a capacidade de propagação de uma informação através dos memes, afinal, quantas vezes soubemos de uma notícia através deles? A rapidez e a capacidade viral de um meme pode transformar uma notícia, para o bem ou não, e provoca um sentimento de pertencimento, gerando maior necessidade de compreensão sobre o assunto.
Por fim, é importante ressaltar que os memes são um indicador de gostos e preferências dos usuários e podem auxiliar a identificar o perfil do consumidor através do que ele curte e compartilha com sua rede de contatos. Além disso, o uso desse recurso também configura uma nova forma de comunicação, séria e realista, e não apenas de humor. De acordo com o estudo e levando em consideração a Geração Z, 58% dos entrevistados substituem frases ou palavras em uma conversa por um meme e 67% usam o recurso print screen com frequência para essa finalidade.