Seguindo tendência global, as empresas de tecnologia dominam a lista das marcas mais influentes do Brasil. Esse foi o resultado do levantamento The Most Influential Brands, da Ipsos, que avaliou o desempenho e impacto das marcas no cotidiano das pessoas. Google, Youtube e Facebook foram as três melhores colocadas, seguidas por Microsoft, Samsung, Nestlé, Netflix, Colgate, Havaianas e Caixa.

O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (6), em São Paulo, por Steve Levy, chief operating officer da Ipsos Canadá, idealizador do estudo. O executivo deu um panorama sobre os números globais do levantamento, ressaltando as diferenças de opinião entre as gerações boomers, X e millenials diante dos parâmetros pesquisados.

Foram estudados 57 atributos, que mediram, por exemplo, se a marca faz parte do universo do consumidor, se entende suas necessidades, se inspira confiança, entre outros fatores. Globalmente, o desempenho médio das marcas nos principais parâmetros de influência foi: Confiança (25%), Engajamento (27%), Liderança e Inovação (23%), Responsabilidade Social (21%) e Presença (4%).

Luis Fabiano Sanches

Pelas peculiaridades do mercado brasileiro, a configuração das prioridades foi marcada por algumas diferenças. Os resultados locais foram apresentados pela dupla de pesquisadores da Ipsos Flavio Gurgel e Ricardo Crestani. Segundo os especialistas, o peso de Liderança e Inovação, por exemplo, foi maior, correspondendo a 37%, seguido por Responsabilidade Social (23%), Confiança (21%), Presença (11%) e Engajamento (8%).  

“A pesquisa aponta que as gigantes da tecnologia lideram o ranking por se destacarem principalmente no drives de Liderança e Inovação. Isso demonstra que na atual conjectura os participantes elegeram marcas de referência que estabelecem um vínculo de confiança e que transformam a vida dos brasileiros através da tecnologia”, destaca Leda Kayano, managing diretor da Ipsos Marketing.

O Google, por exemplo, teve performance superior em dois parâmetros: Liderança e Inovação (44%) e Confiança (31%). Por outro lado, teve desempenho inferior a média nacional nos seguintes quesitos: Responsabilidade Social (18%), Presença (0%) e Engajamento (7%). “É interessante ver o quanto a dimensão Responsabilidade Social é valorizada no cenário de crise moral e política pela qual passa o Brasil”, destacou a executiva.

Outro dado que também chamou atenção foi o desempenho das chamadas local brands, marcas brasileiras que entraram pela primeira vez no ranking. Havaianas, por exemplo, teve os seguintes números: Liderança e Inovação (39%), Responsabilidade Social (5%), Confiança (27%), Presença (29%) e Engajamento (1%). Já Caixa, teve Liderança e Inovação (10%), Responsabilidade Social (41%), Confiança (35%), Presença (29%) e Engajamento (1%).