O jornalista Otoni Fernandes Jr., que comanda a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) desde março de 2007, não deverá ficar no posto no governo da presidente eleita Dilma Rousseff. Ele é o nome mais cotado pela equipe de transição para coordenar a área de publicidade governamental cujo orçamento para 2011 é superior a R$ 1 bilhão. Inicialmente, a idéia de Fernansdes Jr. era apenas acompanhar a saída do ministro e amigo pessoal Franklin Martins, que será substituído pela jornalista Helena Chagas, anunciada oficialmente nesta quarta-feira (08), mas fora convencido a permanecer na secretaria. Agora, segundo fonte do propmark, resolveu se dedicar a tratamento de saúde, especialmente a um check up do coração, que vai inviabilizar sua presença na Secom.
“O Otoni só não fica na Secom se não quiser ou não puder devido às questões de saúde”, disse uma fonte do propmark. Já aparecem nomes nos bastidores como candidatos à função: Fábio Kerche, da área de comunicação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e Marcier Triombiére, do Ministério da Saúde.
O trabalho de Fernandes Jr. é considerado consistente pelo governo e pelo mercado, especialmente a parceria com a Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o as deliberações do acórdão 2062/2007, do ministro Ubirata Aguiar, que proibia a subcontratação de serviços de assessoria de imprensa, pesquisa e comunicação digital, por exemplo, pelas agências de publicidade que atendem órgãos do governo, para evitar os chamados contratos guarda-chuva. Fernandes Jr. orientou ministérios e estatais a cumprirem a exigência, mesmo sem a decisão definitiva do organismo fiscalizador. O empenho pela aprovãção da Lei 12.232, do deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), que pede especificidade para concorrências públicas de publicidade, foi outro destaque da gestão de Fernandes Jr. na Secom.
Paulo Macedo