Diretoria da Grey Brasil: nova sede ilustra novo momento da agência

 

A Grey Brasil, resultado da fusão entre Grey141 e New Energy, do Grupo Newcomm, vai disputar a liderança do mercado de publicidade e quer chegar ao top 5 entre as mais criativas rapidamente. A afirmação foi feita por Roberto Justus, CEO do Grupo Newcomm e sócio do WPP no país, durante evento de inauguração da nova sede da empresa em São Paulo.

“Essa agência quer ser rapidamente top 3 ou 4 de criação, ou seja, reconhecida como agência criativa do mercado. E quando isso acontece, o faturamento vem atrás. Nós vamos incessantemente buscar talentos para que nossa agência seja reconhecida como uma agência muito criativa”, reforçou Justus. “Este é um novo momento. A Grey é uma marca fantástica do Grupo WPP e a qualidade do trabalho da rede internacional nunca foi proporcional às operações da Grey no Brasil antes de ela entrar no Grupo Newcomm”, complementou.

O executivo destacou que a operação local é estrategicamente muito importante para a rede pelo fato de o Brasil estar entre os top 5 no mercado mundial de publicidade. “A Grey precisava ter uma operação de qualidade. Ela teve altos e baixos no país, mas nunca foi uma empresa top 10. Agora veio a aposta do Martin Sorrell (CEO do WPP) de que debaixo do guarda-chuva do Grupo Newcomm a gente conseguiria fazer a diferença e disputar a liderança deste mercado”, disse Justus.

Jim Heekin, CEO do Grupo Grey, esteve em São Paulo para a inauguração do escritório e ressaltou a importância da operação brasileira. “Este é um dia incrível para a Grey. Felizmente nós temos tido grande sucesso pelo mundo, fomos eleita a Agência do Ano nos Estados Unidos (em 2013 pela Adweek e em 2014 pela AdAge), mas é verdade que nunca tivemos uma ótima agência no Brasil. Essa é uma questão que estou determinado a consertar. A  parceria com o Grupo Newcomm é uma grande oportunidade e é baseada em  cultura, negócios e filosofia em comum”, afirmou ele.

Para Heekin, a liderança criativa da Grey no Brasil deve acontecer rapidamente. “O maior desafio é ter paciência. Eu realmente acredito que essa agência terá sucesso. Eu acredito que em muito breve vamos ter relevância no mercado. Nós queremos chegar ao top 10 neste mercado. Realisticamente, se tivermos sorte, estaremos lá em três anos e, se não tivermos, em cinco. E queremos também chegar ao top 5 entre as agências mais criativas. Queremos ser conhecidos como a melhor agência no Brasil, única, moderna, criativa. É um grande sonho que pode se tornar possível, por isso, a parceria é tão importante”, disse.

Celebração

Walter Longo, presidente da Grey Brasil, contou que o espírito é de lançamento de uma agência totalmente nova. “Hoje a gente pode celebrar o nosso primeiro ano de vida ou primeiro dia, depende do jeito que a gente olhar para isso. Em agosto do ano passado,  tivemos a ideia de unir forças da Grey141 com a New Energy e, de lá pra cá, o que a gente fez foi um processo de fusão que toma tempo.  Para nós, o espírito é da inauguração de uma nova agência e não de uma nova sede”, frisou.

A Grey Brasil se apresenta com um posicionamento pós-digital, nova diretoria e operação de shopper marketing: a Grey Shopper. Heekin reforçou que uma das fortalezas da Grey é a cultura colaborativa global. “É importante ter uma alma digital e não apenas desenvolver armas digitais, como operar em sistemas colaborativos de criação. Briefings recebidos aqui podem ser espalhados em mais de 100 escritórios da Grey do mundo para que se alguém tiver algum insight, possa colaborar. É uma empresa que opera em open sourcing”, resumiu Longo.

Justus afirmou que o momento é de muita animação. “O investimento de R$ 5 milhões na nova sede é a prova de quanto essa operação pode fazer a diferença no mercado. A forma de atuação da Grey internacional e sua reputação criativa vai influenciar muito o nosso modo”, disse ele.

No comando da Grey, além de Longo, está Sylvia Panico, COO da agência, e na direção-geral de criação estão os brasileiros Mariangela Silvani e Sérgio Fonseca e o uruguaio Federico Russi. A Grey fechou 2013 na 25ª posição do ranking de maiores agências brasileiras do Ibope Media, com faturamento de R$ 946 milhões.