O Grupo B, que se chamava BYPY, está comemorando as conquistas de 2008. O grupo que agrega as seis agências de marketing responsáveis pelo B do ABC agora tem sede própria no Jardim Europa, em São Paulo, contratou Manuk Masseredjian como coo (chief operating officer) e criou duas novas áreas: o lab, que é um núcleo de inteligência e estratégia, e a central de negociação. “Desde o surgimento do Grupo B, estamos  nos estruturando para que o crescimento seja feito com muita gestão”, disse Bazinho Ferraz, ceo do grupo.

A previsão é de que a área B corresponda de 45% a 50% do Grupo ABC já no próximo ano. Em 2008, a meta de chegar a 30% dos negócios da holding vai ser alcançada. No ano passado, o Grupo B era 15% do faturamento do ABC. “Se tudo der certo, ainda em dezembro vamos anunciar novas aquisições”, falou Bazinho, adiantando que a empresa quer expandir os negócios em design, branding, entretenimento e relações públicas.

Uma das mudanças ocorridas no grupo foi a criação de uma sede própria. Antes as 15 pessoas responsáveis pela operação do grupo ficavam em algumas salas espalhadas pela bFerraz e pelo Grupo ABC. “É importante ter uma sede própria para poder aumentar o negócio”, disse Bazinho.

O coo Manuk Masseredjian, que tinha a mesma função há quatro anos na DM9DDB, foi contratado para cuidar do lado operacional da empresa. “Cada vez mais está crescendo a quantidade de agências e para poder integrá-las é fundamental ter alguém para cuidar do lado operacional”, falou Bazinho. “Como vamos dobrar de tamanho é importante a questão operacional. Estou aqui para equalizar as negociações e os processos e buscar novos negócios e clientes para todas as agências do Grupo B”, disse Masseredjian.

Uma das vantagens do executivo é que ele já conhece bem todas as agências que compõem o grupo. “Nesses anos de DM9DDB tive de me relacionar com todo mundo”, contou.

O grupo é formado pelas agências bFerraz, de marketing promocional, Hello, de marketing interativo, New Style, de trade marketing, Reunion, de marketing esportivo, Sunset, de marketing direto, e Tudo, de evento e conteúdo.

O diferencial do Grupo B, na opinião de Masseredjian, é que não é uma agência que investiu em um núcleo de below the line, mas um conglomerado de diversas agências do setor. “Esse é um ponto interessante porque é algo que não tem história no Brasil”, falou.

O crescimento do grupo de BTL dentro do ABC confirma uma mudança no mercado de marketing mundial. No WPP, por exemplo, BTL corresponde a 48% dos negócios deles. “O mundo mudou. Brand experience é de igual ou maior importância que brand awareness”, disse.

Em tempos de crise,  Masseredjian acredita que as ações de ativação de marca no PDV, por exemplo, devem ser menos atingidas que as de mídia tradicional. “Esse setor sente bem menos o efeito de reduzir. É mais fácil cortar veiculação de uma campanha do que um projeto em
andamento”, disse.

 A criação das duas áreas completa as mudanças no Grupo B. O Lab, coordenado por Carolina Campos e sob supervisão da vp de estratégia e integração, Fernanda Flandoli, funciona como um núcleo de inteligência e estratégia para todas as agências que compõem o grupo. “O núcleo é uma parabólica de tendências. O lado de advertising sempre teve mais dinheiro para pesquisa. O Lab é um provedor de informações para que cada agência possa estar estruturada estrategicamente com resultados imediatos junto aos clientes”, disse Masseredjian.

A central de negociações surgiu para facilitar os negócios realizados pelas diversas agências do grupo. Em conjunto, o poder de negociação fica maior e facilitado. “A central busca a otimização das negociações e está muito ligada à área de suprimentos. Se vamos comprar, por
exemplo, serviços de uma gráfica ou de som para todas as agências do grupo, o poder de compra aumenta”, fala Bazinho.

Por Cristiane Marsola