Pioneiro da comunicação search no país, o executivo Alexandre Kavinski está de volta ao mercado brasileiro após uma temporada de quatro anos de estudos nos Estados Unidos e passagem “produtiva” na estrutura da Mirum, onde pela primeira vez teve contato direto com a publicidade digital 360º.
Ele está assumindo a posição de CBO (Chief Business Officer) da i-Cherry, agência que fundou há cerca de uma década, mas que foi vendida à holding inglesa WPP e está sob o guarda-chuva da rede J. Walter Thompson. O comando da agência permanece com Adriano Nadalin, que foi seu sócio.
A sede operacional continua em Curitiba, mas com escritórios em São Paulo e San Diego, nos EUA. Essa opção, nas palavras de Kavinski, contempla o aproveitamento da mão de obra qualificada, retenção “desses talentos” na capital paranaense e não ficar exposto ao turn over. E, sem dúvida, qualidade de vida.
O projeto de Kavinski é trazer um olhar focado em soluções inovadoras para contabilizar mais performance para os clientes da i-Cherry. Uma delas é a implantação da ferramenta LBM (Local Business Marketing), que permite ao consumidor ser direcionado para lojas físicas, de grandes redes e até franquias, por meio de geolocalização. Muitas vezes uma busca, nas palavras de Kavinski, leva o usuário para a matriz ou site de uma rede de varejo, quando sua necessidade real é encontrar um ponto de venda próximo à sua residência ou trabalho.
As Lojas Pernambucanas se beneficiaram com a métrica LBM da i-Cherry. Em três meses teve crescimento de 1.000% na visualização dos mapas, cinco mil clientes solicitando rotas e aumento de vendas de 15%.
“As grandes marcas precisam se posicionar por geolocalização para conseguir otimizar algumas coisas. Essa eficiência
é consolidada por meio dos nossos indicadores: quantas pessoas solicitaram uma rota e qual foi o volume de visitas à loja. De que formas? O Google consegue fazer uma triangulação de onde está partindo a busca. Com isso, conseguimos realizar a otimização por meio de SEO que permite os resultados de localização. Na verdade são ferramentas para fazer a indexação dos locais, ou seja, verificar se alguém está fazendo buscas capazes de contribuir para o posicionamento, desde reviews, atualização e organização do texto”, explicou Kavinski, que em 22 anos de profissão e já trabalhou para Coca-Cola, Philips, Microsoft, Walmart, Ford Motors, J&J, American Airlines, Merck, 3M e Mastercard.
O duopólio do Facebook e Google vai continuar por algum tempo, mas o CBO da i-Cherry chama a atenção para o crescimento dos marketplaces como plataformas de comunicação. Tem razão, porque a Amazon já ocupa a terceira posição no faturamento de venda de espaços de publicidade digital no mercado norte-americano, com receita de aproximadamente US$ 3 bilhões no ano passado. Com tendência de crescimento. O que a Amazon oferece? Automatização de tarefas para os anunciantes que quiserem expor suas marcas na plataforma e ROI. A vantagem da Amazon é que o consumidor, quando acessa seus domínios na internet, está focado em compras.
“A Amazon é uma realidade. E é uma oportunidade para a publicidade. O que importa é ir além do Facebook e do Google. Há opções como Twitter, por exemplo”, disse Kavinski. Há uma alternativa brasileira? “O Mercado Livre e a Americanas são possibilidades locais. Estamos fazendo uma série de testes para verificar o uso adequado desses marketplaces. Tive um bom aprendizado nos EUA para ativar negócios no Brasil. A oportunidade que a Amazon trouxe é surpreendente. Buscador e comprador pegam informações para fazer reviews. É mais do que a finalidade pura do e-commerce”, respondeu Kavinski”, focado em soluções de search, display, social, SEO e web analytics.
publicidade