A dívida financeira do Grupo Abril, que soma mais de R$ 1,6 bilhão, segue em discussão com instituições bancárias, que consideraram ruins as propostas apresentadas pelos novos investidores da empresa.

O impasse coloca em risco a sobrevivência da editora. Itaú, Bradesco e Santander são os maiores credores do conglomerado de mídia, e por isso podem aprovar ou reprovar o plano de recuperação que será apresentado em assembleia marcada para 19 de março. Em uma situação extrema, podem até mesmo impor suas próprias propostas para assumir o controle da empresa.

No entanto, caso não haja nenhum tipo de acordo entre as partes envolvidas, o plano de recuperação pode ser rejeitado e a Abril terá falência decretada.

No final do ano passado, a empresa fechou acordo para a venda do grupo com o empresário Fábio Carvalho, que pagaria R$ 100 mil à família Civita, atual controladora da Abril, mas arcaria com as dívidas em aberto com o apoio de investidores.