A InBev (cervejaria belgo-brasileira fruto da fusão da Interbrew com a AmBev) anuncia que ainda nesta segunda-feira (7) fará uma primeira solicitação junto à justiça de Delaware, Estados Unidos, para remover cada membro do conselho diretor da Anheuser-Busch (cervejaria detentora da Budweiser) e permitir aos acionistas a oportunidade de ter uma voz ativa na proposta combinada com a InBev.

O grupo de diretores propostos pela InBev é composto por executivos de vários setores de empresas públicas e privadas norte-americanas, que “vão agir para o melhor interesse dos acionistas da Anheuser-Busch e terão uma visão independente do acordo” já que não possuem ligação com nenhuma das duas empresas, exceto Adolphus A. Busch IV, que é bisneto do fundador da Anheuser-Busch. Os demais executivos sugeridos pela InBev são:  Marjorie L. Bowen, Peter D’Aloia, Ronald W. Dollens, James E. Healey, John N. Lilly, Allan Z. Loren, Ernest Mario, Henry A. McKinnell, Paul M. Meister, William T. Vinson, Lawrence Keith Wimbush e Larry D. Yost. 

No dia 11 de junho, a InBev apresentou formalmente a intenção de compra da Anheuser-Busch por US$ 65,00 por ação, o que somaria uma quantia de US$ 46 bilhões. Até o momento, a Anheuser-Busch não demonstrou interesse de venda e a InBev acredita que isso se deve à comissão de diretores da cervejaria. Por este motivo, solicitou a substituição dos membros do conselho para que os acionistas possam opinar quanto ao fechamento do negócio. Segundo Carlos Brito, ceo da InBev, toda essa manobra da InBev é para se construir uma marca sólida mundialmente. “Nosso propósito é entregar imediatamente um valor aos acionistas da Anheuser-Busch, enquanto construímos uma empresa mais forte e competitiva para o benefício de todos envolvidos, que inclui os consumidores, empregados, acionistas, parceiros e a comunidade que servimos”, disse Brito. 

Maria Fernanda Malozzi