Quase a metade dos influencers transgêneros no Brasil (45,5%) não fez nenhum trabalho nos últimos seis meses. De acordo com estudo feito pela Agência Mosaico, com o apoio da TransEmpregos e da Youpix, apenas 11,1% foi acionado por alguma marca no período.
A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos criadores de conteúdo transgêneros do país (74%) são considerados nano-influenciadores, aqueles com menos de 10 mil seguidores. Micro influencers, entre 10 mil e 100 mil seguidores, correspondem a 21,7%, ao mesmo tempo em que 3,7% possuem entre 100 mil e 500 mil. Já os mega influenciadores, com acima de 1 milhão de followers, representam apenas 0,5%.
Quando o assunto é produção de conteúdo, 14,3% disseram que não possuem um tema específico. Entretanto, os 38,1% abordam assuntos sobre gênero e sexualidade e 36,5% assuntos relacionados com a cultura e história LGBTQIA+, fato que se associa ao motivo que os levou a serem influenciadores digitais, como uma forma de mostrar a sua trajetória e fornecer visibilidade ao universo.
Outros assuntos que também entram na pauta desse grupo são os relacionados com beleza (28,1%), arte (27%) e entretenimento (24,4%).
“Queremos que, com essa pesquisa, as marcas comecem a perceber que o universo da sigla T é sim representativo e pode ainda contribuir muito para o marketing das marcas”, explica a coordenadora da pesquisa, Yhevelin Guerin. “A diversidade é uma realidade e nossos esforços serão sempre em trazer pluralidade ao marketing de influência, mas não só no mês do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em junho”, complementa.