“Internet das coisas” (ou IoT, em inglês) pode parecer um conceito novo e complicado, mas o termo apareceu pela primeira vez em 1999 em um artigo do cientista britânico Kevin Ashton — ele mesmo um pioneiro na identificação de produtos por radiofrequência. E, de certo modo, já estamos familiarizados com essa tecnologia desde a primeira conexão de rede há 50 anos (29 de outubro de 1969): o primórdio da internet que conhecemos.
“A partir do momento em que os computadores deixaram de ser uma ‘máquina de escrever’ de luxo, sendo conectados a redes, eles passaram a ter inteligência, revolucionando o mundo”, lembra Cleber Paradela, professor de futurismo da ESPM na Pós-Graduação em Inovação, Design e Modelagem de Negócios da ESPM. “A internet das coisas é mais uma nova fase desse processo: pegar objetos que até então funcionavam isoladamente, de forma analógica, e fazer com que eles gerem dados e informações que possam transformar o mundo à nossa volta. Portanto, IoT é a capacidade de você identificar, observar e controlar o mundo físico por meio de sensores.”
Cercados por dispositivos
Há muitos anos temos diversos sensores que conseguem identificar e observar fenômenos físicos como a temperatura, umidade, movimentos, pressão… Um bom exemplo deles está bem no seu bolso: só o seu smartphone possui mais de 20 deles! “Hoje esses sensores estão ficando cada vez menores, mais baratos, podendo ser colocados em quaisquer objetos, desde os flexíveis em roupas e os biométricos no corpo humano”, explica o professor.
A esse cenário, somam-se o avanço da inteligência artificial (IA) — capaz de interpretar os dados coletados, ajudar a tomar as melhores decisões — e a tecnologia 5G. Esta última é fundamental para o IoT e para outras inovações, pois permite, em um raio de até um quilômetro, levar mais dados, fazer muito mais conexões instantâneas e automáticas (sem delay entre um objeto e outro) a uma velocidade infinitamente superior, entre as principais vantagens.
“Cidades, carros, ruas, será tudo conectado, gerando informação. A partir disso, poderemos tomar melhores decisões”, exemplifica Paradela. “É o começo de uma nova era, a quarta revolução industrial ou a revolução da internet industrial, que é a capacidade de usar a inteligência artificial, machine learning, robótica, cloud connect… Isso vai mudar não só a indústria, mas a relação com as cidades e com as pessoas”.
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