Para ampliar a profissionalização e maximixar os resultados, a Mixer convocou Hugo Janeba, ex-vice-presidente de marketing e inovação da Vivo, para o cargo de ceo. Com isso, João Daniel Tikhomiroff, sócio-diretor, passa a atuar como chairman da produtora, além de continuar na presidência do conselho. A chegada de Janeba ao grupo parte de uma decisão do conselho dentro de uma estratégia para atingir os objetivos traçados para os anos à frente.
Além disso, se insere na conjuntura do mercado audiovisual brasileiro, aquecido como reflexo da economia e reforçado pela adoção da política de cotas estabelecida pela lei do SeAC (12.485/2011). “Temos uma meta bastante importante para os próximos anos, considerando um aumento de demanda e o crescimento do mercado. Essa contratação também estava dentro da nova fase de governança da Mixer, com a entrada de investidores”, afirma Tikhomiroff, aludindo ao aporte de 30% que a produtora recebeu em 2008 de um fundo de investimentos; os outros 70% estão divididos entre ele, Fábio Quinteiro, Gil Ribeiro, Michel Tikhomiroff e Thiago Mello.
Um dos desafios para a empresa é a convergência de comunicação entre as plataformas presentes no mercado. “Acho que esse é um desafio extraordinário para um novo mundo que se abre e que nós temos que atingir”, projetou. Janeba, com experiência em empresas como Telesp e Vivo, entra para reforçar esse trabalho. “A minha chegada representa o complemento das especialidades que a Mixer tem para adicionar valor nessas novas plataformas”, disse.
Entre as estratégias que a produtora irá seguir está o alinhamento entre conteúdo e publicidade. “O que posso adiantar é que principalmente a combinação dos nossos conhecimentos nessas duas áreas irão se cruzar. Nós entendemos que um diretor que faz conteúdo e publicidade, tecnicamente, é muito mais completo. Isso traz para o mercado um olhar mais forte e profundo de como desenvolver as peças de modo mais relevante”, acrescentou o ceo.
Segundo os executivos, a produtora quer desenvolver uma relação de proximidade com agências e anunciante, observando oportunidades na área de conteúdos proprietários, em que já tem produtos como “Escola de cachorro”, “Julie e os fantasmas” e “Os descolados”, entre outros documentários em exibição, que despontam com as diversas plataformas. Fundada em 2003, com atuação no mercado publicitário, a Mixer tem hoje o faturamento dividido entre 60% de publicidade e 40% de conteúdo.