A vara da Infância e Juventude do TRT de SP concedeu liminar em ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo determinando que a Editora Globo suspenda imediatamente a distribuição e retire de circulação os exemplares da Revista Vogue Kids número 22, de setembro. A edição traz “matéria publicitária com exposição de fotos de crianças (meninas) em posições sensualizadas, erotizadas, até mesmo com apelo ou conotação sexual”. Na ação foi requerida, ainda, a exibição dos alvarás judiciais, para a realização de trabalhos artísticos, além de outros documentos. A ação está sob segredo de Justiça.
A revista foi duramente criticada nas redes sociais por conta da “erotização precoce” e “estímulo à pedofilia”, segundo os críticos, e entidades ligadas ao público infantil entraram com recursos contra a publicação. A matéria “Sombra e água fresca” em teoria mostra peças de roupa da moda adulta que passaram a fazer parte do guarda-roupa infantil. As modelos fazem pose de biquíni e com as pernas abertas nas páginas do editorial, distribuído com a Vogue de setembro.
O Instituto Alana, que atua na defesa dos direitos da criança, denunciou formalmente a Vogue Kids no Ministério Público. O assunto tomou conta das redes sociais, com a viralização de uma postagem da página Pediatria Integral, com mais de 4 mil interações. Portais e blogs também repercutiram o assunto, que deve ganhar maior alcance ainda nesta semana. A reportagem do propmark entrou em contato com a Vogue Kids, mas até a publicação desta nota não teve retorno.