HumanKind é o livro de uma agência de propaganda que não fala de propaganda. Fala de pessoas. Por meio de cases de comunicação focados nas verdadeiras necessidades humanas, a Leo Burnett Worldwide traça seu posicionamento em uma obra que terá, pela primeira vez, uma edição internacional: justamente a brasileira, a ser lançada na próxima segunda-feira (29), em São Paulo, com a presença dos autores Tom Bernardin e Mark Tutssel, respectivamente chairman e cco global da Leo Burnett. A edição original foi lançada em 2010.
Aqui, o livro não será uma mera tradução, e sim uma adaptação, com a incorporação de cases locais da Leo Burnett Tailor Made para os clientes P&G, Fiat e Rossi, entre outros. Entram na publicação, por exemplo, o trabalho de divulgação do Fiat500, o caso do sutiã encardido para Ace, a premiada campanha de incentivo à doação de sangue criada para o Hemocentro da Bahia (que transformou o uniforme do time Vitória), e o projeto Rossi Fiateci, um lançamento imobiliário em Porto Alegre que criou um “Livro Aberto” nas ruas da capital gaúcha e resgatou a história do bairro de Fiateci.
O prefácio da edição brasileira não mudou: nele, Bernardin e Tutssel afirmam que, para definir o propósito de uma marca, são necessárias duas perguntas: “em que você acredita?” e “o que vai fazer a respeito disso?”. Segundo a dupla, HumanKind está se tornando um movimento global, a crença compartilhada de que a criatividade tem o poder de transformar o comportamento humano. “Em propaganda, as melhores histórias fazem mais do que transformar campanhas em press releases. As marcas que concentram essas histórias conseguem desempenhar um papel duradouro na vida das pessoas, atuando como um símbolo, uma comunidade, entretenimento e recurso de informação. Pois uma marca não é feita somente das pessoas que a compram, mas também das pessoas que a conhecem”, diz o prefácio assinado a quatro mãos.
O livro é uma espécie de passeio pela visão da Leo Burnett por meio dos bastidores da criação de alguns de seus melhores projetos, como a Earth Hour (Hora do Planeta), criada pela agência de Sidney, na Austrália, para a WWF — que poderia ter sido um anúncio de utilidade pública comum, mas acabou transformando-se em um ato global, instigante a ponto de mobilizar um bilhão de pessoas. “Em primeiro lugar não somos mais ‘consumidores’, e sim humanos. Somos exploradores. O mundo se transformou e, como humanos, mudamos nosso comportamento em relação a ele”, costuma dizer Bernardin. O lançamento em São Paulo será a partir das 18h30 na Livraria da Vila do Shopping JK. A edição brasileira do livro é da M.Brooks.