Tradicionalmente forte no âmbito corporativo, o LinkedIn também tem força para o mercado de consumo, com a argumentação que os seus usuários são também decisores de compra fora do trabalho. Em um estudo global, a rede social buscou entender o perfil deste consumidor para dar mais base para a sua base B2C e ver também qual é o papel da rede social na influência destas decisões.

A pesquisa mapeou mundialmente 1841 usuários de 18 a 45 anos e cargos gerenciais ou hierarquicamente mais baixos, divididos igualitariamente entre os gêneros masculino e feminino, sendo que 17% deste montante eram do Brasil. As questões foram: quem são estes usuários, o que os motiva a comprar, que canais digitais usam e qual a influência do LinkedIn neste processo.

“Usuários profissionais não deixam de ser consumidores, e algumas das decisões pessoais são bastante influenciadas pelo LinkedIn. Elas podem ou não ter uma relação profissional, como tirar férias ou comemorar uma conquista. Apesar da compra ser de uma pessoa física, as vidas caminham em paralelo”, conta Ligia Ishida, gerente de marketing do LinkedIn para a América Latina. “Já existe uma grande oportunidade de conversar com esse publico para as marcas B2C, mesmo as não tão relacionadas com o âmbito profissional. Os usuários declaram esperam uma comunicação com as empresas no LinkedIn, é algo natural na plataforma”.

Segundo o estudo, um em cada três usuários pede indicações no LinkedIn antes de realizar uma compra pessoal – e a rede social corporativa é também a mais confiável entre os players do setor, com 55% de confiabilidade ante 25% do Twitter e 16% do Facebook. “O contexto tem um grande papel na confiabilidade. É um contexto profissional, grande preocupação com imagem que passam, tudo que passam reflete na identidade profissional, por isso essa grande preocupação com relação ao conteúdo que publica e compartilha”, conta Ishida.

O público que usa a rede também já recebe ou tem potencial para receber vencimentos superiores a 10 salários mínimos (o que os classificaria como Classe B segundo os critérios do IBGE), e está interessado em bens como viagens ao exterior (34%) ou investimento em compra ou reforma de imóveis (31%). O estudo também mostrou que seis entre 10 desses usuários são fieis a marcas, podendo até desembolsar um valor maior sobre elas, e prezam em especial a satisfação da demanda (45%) e a qualidade do produto ou serviço (26%).

Apesar da abertura e o incentivo para marcas B2C, a rede social mantém o seu perfil original, de acordo com a gerente de marketing. “Continuamos superfocados no universo profissional. Definitivamente o LinkedIn não é apenas onde você vai buscar um emprego, mas sim uma plataforma para ajudar o mercado a ser mais produtivo“, diz. As companhias podem comprar mídia no feed de notícias, nos displays, nos grupos especializados ou no InMail.