Forte concorrência contribui para corrida à mídia, principalmente TVs abertas e Google, para atrair tíquete médio de R$ 500,00 dos shoppers
Dizem que ir às compras desestressa. Será? A verdade é que sempre há necessidade de renovar algo, do vestuário aos equipamentos eletrônicos, da movelaria aos eletrodomésticos, da perfumaria às bebidas. Com oferta de preço atraente então, o escorpião abrigado no bolso fica bonzinho e cede espaço para indulgências que afagam a alma. Especialmente em datas como a Black Friday, a primeira delas em 2010, com pouca adesão do comércio, mas com sede de crescer e se transformar em uma das datas mais concorridas do ano. Afinal, acontece próximo ao pagamento da primeira parcela do 13º salário, equivalente a R$ 145 bilhões, e do salário do mês, além dos facilitadores de crédito em parcelas a perder de vista.
Na próxima sexta-feira (24) os varejos, físico e digital, aguardam movimento capaz de superar as vendas de R$ 7,9 bilhões de 2021. No ano passado, o movimento teve queda de 23% em relação ao exercício fiscal anterior.
As ofertas da BF também coincidem com programas como o Desenrola, que ativou crédito para quem estava enrolado com o pagamento de dívidas. Com cartões liberados, o ímpeto ganha fôlego e quem sabe o especial de fim de ano de Roberto Carlos na Globo não tenha na sala uma TV novinha em folha. Aliás, a emissora aposta na data com a segunda edição do projeto “Vem que tem”, que busca atrair anunciantes para sua grade de programação.
“Mas será que uma fórmula que já foi testada em 2022 vai funcionar novamente? 7 em cada 10 brasileiros pretendem comprar durante a Black Friday e querem ver na televisão mais anúncios de marcas com produtos e ofertas exclusivas. Nada melhor do que fazer isso na Globo, não é mesmo?”. Afinal, segundo pesquisa com os consumidores, marcas vistas durante o “Vem que tem” do ano passado começaram a ser enxergadas da seguinte forma: prestígio, credibilidade e conhecimento”, esclarece a emissora.
A publicidade é mais do que aliada para a difusão de ofertas. Ela é a ferramenta que fomenta a concorrência por preços mais competitivos e para as múltiplas formas de pagamento. Dos canais tradicionais aos digitais, passando por plataformas (Instagram, YouTube, Google, Facebook e TikTok), websites, e-commerces, retail, influencers e ações promocionais, a propaganda se configura na BF como a alma do negócio.
“A BF é um momento de alta concorrência entre as empresas e devemos elaborar criativamente ações e promoções que exaltem os valores da marca, assim como as vantagens de cada produto. Inclusive estamos preparando todos os materiais da Volkswagen para as concessionárias. Pensamos em ações que unissem o presencial com o online, além de trazer todas as vantagens da marca de forma clara e concisa. Para isso, criamos uma série de materiais, desde wind banners, adesivação, faixas aéreas, tags e muitos mais”, ressalta Felipe Guntovitch, COO da The Group.
Thais Nicolau, diretora de branding para a região Latam do Mercado Livre no Brasil, esclarece que do ponto de vista de marketing o e-commerce investiu na campanha “Tá na mão”, cocriada com a TV Globo, que fica no ar até o dia 30 de novembro.
“Apertos de mão na programação de entretenimento dos canais Globo (TV Globo, Multishow e GNT) vão gerar cupons de desconto aos telespectadores. Com base na análise e conexão de dados de perfis de telespectadores e clientes, a campanha oferece cupons de acordo com a programação do canal e com às potenciais preferências dos consumidores. Para marcar o lançamento Marcos Mion protagonizou ‘invasões’ em programas como “Encontro” e “Mais você”. Além disso, houve ativação especial no intervalo do “Jornal Nacional” e outra na novela “Terra e paixão”, com continuidade no intervalo. As principais ativações acontecem durante a programação da Globo, mas a campanha é 360º, se desdobrando em outros canais”.
Leia a matéria completa na edição de 20 de dezembro de 2023
(Crédito: Foto de Tamanna Rumee na Unsplash)