A mobilização social em torno do assassinato de George Floyd, homem negro, por um policial branco na semana passada, em Minneapolis, EUA, tem sensibilizado executivos e anunciantes que saíram em defesa da justiça racial nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, veio a público neste domingo (31) se posicionar sobre o assunto. Em seu perfil, ele admitiu a responsabilidade da rede social em dar apoio a comunidade negra e anunciou a doação de US$ 10 milhões para grupos que lutam pela igualdade de direitos para negros no país.

Zuckerberg manifestou apoio a grupos que lutam contra injustiças raciais nos Estados Unidos

“A dor que experimentamos na semana passada nos lembra do quão distantes nosso país está de dar a cada pessoa a liberdade de viver sua vida com dignidade e paz. Nos lembra que a violência contra negros na América ainda passa por um longo processo histórico de racismo e injustiça. Nós todos temos a responsabilidade de criar mudança”, pontuou o executivo.

Como apoio a comunidade negra nos Estados Unidos, Zuckerberg lembrou que a justiça deve ser feita não apenas por Floyd, mas por Breonna Taylor, Ahmaud Arbery e tantos outros negros que foram tratados de forma injusta e cruel no país. Destacou ainda que é responsabilidade do Facebook contribuir mais com a comunidade e para a sua segurança.

Ressaltou ainda que por mais duro que tenha sido assistir no Facebook o vídeo postado por Darnella Frazier em que Floyd aparece sendo agredido até a morte por um policial, agradeceu a mulher pela coragem de ter publicado o conteúdo. “Nós todos precisávamos ver aquilo (vídeo). Nós precisávamos saber o nome de Goerge Floyd”.

E sabendo o papel do Facebook em fazer mais, Zuckerberg destacou que a doação não seria o bastante para resolver os problemas raciais no país. Por meio de sua fundação Chan Zuckerberg Initiative ao lado de sua esposa, o executivo destacou que é um dos maiores investidores em programas que lutam contra a injustiça racial nos Estados Unidos. São investidos anualmente mais de US$ 40 milhões.

“ Priscilla e eu estamos comprometidos com essa missão e nós esperamos permanecer nessa luta nos próximos anos também. Esta semana nos mostrou o quanto ainda precisa ser feito”. O executivo encerrou o depoimento ressaltando que a luta deve ser por justiça não apenas para aquelas famílias que hoje estão enlutadas, mas para todas que carregam o fardo da desigualdade.