Na série criada para ressaltar alguns dos profissionais que servem como referência para o mercado de comunicação, é a vez de Larissa Magrisso, VP de Criação e Conteúdo da W3haus, escalar a sua seleção. “Procurei montar uma lista de pessoas que me inspiram, misturando mais experientes com mais jovens, gente mais focada em criação e outros em estratégia”, afirma.
De acordo com Larissa, por sua origem e fontes de inspiração, acabaram aparecendo na relação alguns jornalistas e profissionais que não estão em agência. “Penso que quanto mais mistura, melhor. Também trouxe gente que está pensando e lutando para mudar o mercado: acredito muito que a diversidade nas agências e a relevância do trabalho criativo estão cada vez mais ligadas”.
Larissa também contou com sugestões de suas colegas do grupo Mad Women, de mulheres que discutem o mercado, para montar a sua lista.
Confira os escolhidos:
Quem se desafia a pensar comunicação para marcas fora de fórmulas tradicionais precisa acompanhar o trabalho da Roberta. A Editora MOL, comandada por ela e seus sócios, cria produtos editoriais incríveis para marcas (como as revistas Sorria e Todos), com qualidade que permite que os clientes paguem por eles, e reverte parte do valor para causas. Um modelo de negócio ganha-ganha que já doou R$ 23 milhões para ONGs e projetos nos últimos 10 anos.
Fotógrafa, diretora de fotografia, videoartista, gif maker, DJ, um dos “20 Creatives to Watch in 2018” da Adobe. O olhar da Camila mistura arte, conteúdo, identidade e deixa tudo lindo. Ela parece entender que uma cobertura de eventos ou os Stories no Instagram são tão importantes quanto um filme – e está imprimindo sua linguagem nessas frentes para marcas. A indicação foi da Lais Berbigier Dornelles.
Caco ama a função de community manager e vai defendê-la. Ele tem um entendimento inspirador sobre a importância de fazer a conexão da marca com as pessoas, ir além da interação padrão e até entrar em tretas com elegância e sem perder a ternura. Aprendo muito com ele.
Keka é conhecida pelo craft impecável e por ser uma pessoa incrível para trabalhar junto. Conseguiu me fazer chorar em uma animação com duas bolinhas e uma linha na campanha 14 Anos, da Pedigree (tudo bem que era sobre cachorros e sou alvo fácil) e fez o recente “A Narradora”, da Lays, que escolheu a primeira narradora brasileira para transmitir um jogo da UEFA Champions League ao vivo.
Lauren vem da programação para o marketing, o que por si só já fala muito sobre uma visão contemporânea sobre marcas e comunicação. E seu olhar, nada binário, humaniza a tecnologia. Isso pode ser visto em projetos como YouTube EDU, com foco em democratizar a Educação, e “Eu Sou Amazônia”, que leva as pessoas para dentro da floresta a partir do Google Earth.
Fazer o olhar do social e do conteúdo ganhar espaço em uma agência tradicional por si só já é um mérito. E tem o dedo da Yuri em cases que eu admiro, como “Ocean Dildos”, que criou para a MTV uma série de vibradores feito com plástico encontrado no mar para chamar atenção sobre a poluição dos oceanos, e o debut tardio do jogador Oscar na NBA para Bud. A indicação é da Micaela Molan.
Tudo o que a gente começa a achar legal a Laura já viu dois anos atrás em algum festival na Suécia que vai ficar mainstream daqui a uns 5 anos. De gig economy a geração qualquer letra, das novas lógicas de mídia a novos jeitos de amar, ela sabe muito. Mas divide com a generosidade e empolgação de quem tá aprendendo junto. Seja numa palestra para um VP global de alguma indústria de ponta, seja na mesa do bar.
Imagino que ela vai achar muito estranho, mas muito chique, estar numa Seleção de Publicitários. O que eu vou fazer se a Manu ajudou a criar um estilo? (Aposto que quase todo mundo aqui já recebeu briefing pra pensar em algo “tipo BuzzFeed”) Além de musa dos Stories, ela é jornalistona e ensina a criar pensando no comportamento natural das pessoas e no que vai virar assunto.
A Raphaella é uma das pessoas envolvidas na iniciativa 20/20, em que a JWT estabeleceu a meta de ter até 2020 profissionais negros em no mínimo 20% das funções estratégicas da agência. Ainda é pouco, mas muito se a gente pensar no tamanho desse gap no nosso mercado hoje. A indicação foi da Camila Ferreira.
Ana Cortat, Ken Fujioka, Lara Thomazini
Planners. Parte da equipe que tocou a pesquisa “Hostilidade, silêncio e omissão: o retrato do assédio no mercado de comunicação de São Paulo”, do Grupo de Planejamento. Além de participar da realização e da divulgação dos resultados da pesquisa que escancarou o assédio no mercado em SP, Ana, Ken e Lara se empenham corajosamente na cobrança para que agências adotem as três medidas imediatas pra diminuir a incidência desse problema (veja aqui). Não tem como pensar o nosso mercado sem falar disso, e esse é o meu agradecimento público para esse trio de defesa.
Vibrei com o projeto Reposter, em que a Skol admitiu o erro de historicamente explorar a objetificação da mulher nos comerciais. DC da campanha, o Theo Rocha chamou ilustradoras para recriar antigos pôsteres com um ponto de vista feminino e empoderado. Ponto pra todos.
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