O presidente da ABOOH (Associação Brasileira de Out of Home), Eduardo Alvarenga, que também é CEO da Elemidia, fala nesta entrevista ao PROPMARK sobre o momento positivo para a mídia OOH. O reposicionamento da entidade, no ano passado, reforçado com a campanha “A vida de Robson” contribuiu com o desenvolvimento do meio. A comunicação, com criação da RPTO, integrou as várias opções de OOH e mostrou situações cotidianas da vida de uma pessoa, que até então “só tinha dois amigos”.
Quais as vantagens que a tecnologia trouxe para o OOH?
Toda a dinâmica que o mundo digital trouxe para a comunicação está também disponível através das plataformas OOH. Com essa tecnologia, o OOH pode entregar essa riqueza de informação ou conteúdo por toda a cidade, em regiões específicas, para públicos determinados etc..
O que mudou para o mercado como um todo depois da Lei Cidade Limpa, em São Paulo?
A cidade ficou muito mais clean, menos poluída visualmente, e ocorreu uma evolução de qualidade de vida dos moradores. Com essa mudança, entraram empresas mais modernas e com uma melhor qualidade de prestação de serviços, tanto para quem vive na cidade, quanto para quem opera com comunicação.
Qual balanço você faz deste último ano para o mercado de OOH?
Um ano de grandes avanços, com empresas mais consolidadas, com a implantação do IVC (Instituto Verificador de Comunicação) e o trabalho para implantação de métricas, resultando em crescimento do share de OOH (até agora, quem mais cresceu no ano segundo a Kantar Ibope).
E o trabalho na associação? Quais os projetos para o futuro próximo?
Também crescemos. Hoje somos quase 20 associados tendo muito mais representatividade. Fizemos um belo trabalho de comunicação com a premiada campanha do Robson. E o objetivo para 2018 é trazer ainda mais representatividade para o meio. Logo teremos novidades.
A campanha continua? Tem novas fases?
Teremos novas campanhas no próximo ano.
Qual o balanço que você faz deste último ano na ABOOH? Depois do reposicionamento , vocês verificaram alguma mudança do mercado em relação à entidade?
Vale ressaltar como o meio OOH passou a ser mais respeitado e comentado e como vem sendo objeto de desejo de muitos anunciantes para suas campanhas.
Como a crise afetou a mídia exterior?
Todo o mercado sofreu e os anunciantes também. Por outro lado, frente à necessidade de novas ideias e soluções mais eficazes, o OOH acabou por ser mais utilizado do que era, crescendo, portanto, o nosso share.
A mídia exterior é mesmo a que mais cresce? Ou isso só acontecia quando a fatia do bolo era pequena demais?
Não estamos crescendo porque o mercado está menor. Ao contrário, mesmo com verbas menores disponíveis, o mercado anunciante começa a descobrir o retorno que o meio OOH oferece, seja sozinho ou em combinação com outro meio.
Como você vê o futuro do OOH?
Ainda existe muito espaço para crescimento. O trabalho de qualificação de todo o meio que vem sendo realizado pela ABOOH, o investimento de modernização e digitalização das propriedades que as empresas estão realizando e a melhora da economia apontam para futuro muito promissor para o setor.