Na era do Big Data é impossível empreender sem dados. Esse é o propósito do Mídia Dados Brasil 2021, um panorama completo desse segmento no mercado brasileiro. A publicação, que poderá ser acessada a partir dessa segunda-feira (13). O trabalho traz as melhores informações sobre todos os canais de contado de mídia no País, e avança na coleta do universo digital, uma ferramenta essencial para os profissionais desse setor, os quais há décadas são apoiados pelo meticuloso trabalho do Grupo de Mídia São Paulo.
Quem sintetiza a relevância desse levantamento, que se aprimora a cada edição, é a presidente do Grupo, a publicitária Lica Bueno: “Aprender a pilotar com o avião no ar está na razão de ser do Grupo de Mídia São Paulo”. Segundo a executiva, a instituição segue em constante reinvenção e aprendizado. “Os desafios mais urgentes são, no momento, operar em real time e ampliar o entendimento da era digital pautada em dados. Todos precisamos ser híbridos e ainda mais ágeis. O mercado demanda dos profissionais de mídia, em especial os que detêm experiência em planejamento estratégico, aperfeiçoamento em relação aos canais digitais, à mídia programática, à BI e gestão de redes sociais”, acentua.
A consolidação do meio digital, com movimentação crescente do segmento de streaming de vídeo, a expansão do e-commerce, com novos sites e marketplaces, e a maior relevância de Influenciadores e podcasts para as marcas estão entre os principais aprendizados do estudo. À frente da equipe responsável pelo extenso relatório e conselheira do Grupo de Midia, Luciana Schwartz também ressalta a importância do empenho coletivo na concretização do anuário, em especial a partir do momento único experimentado por todos diante da pandemia que se instalou no planeta.
“Sob os impactos da Covid-19, a publicidade brasileira reagiu rápido, buscando se adaptar a um cenário até então inimaginável”, ressalta Luciana, que acrescenta “Nas agências, todos os segmentos se desdobraram, em especial a Mídia, tateando no escuro em busca de soluções que mantivessem a proximidade entre as marcas e seus consumidores numa fase de estresse máximo. O Mídia Dados 2021 reflete em suas páginas parte dos esforços nesta direção”.
Entre os dados compilados pela publicação estão pesquisas e estudos de empresas renomadas como Kantar Ibope, ComScore, Nielsen, Jovedata, IPC Marketing, IVC e Youpix.
Alguns dos aprendizados do Midia Dados 2021:
*O investimento publicitário, ao longo de 2020, caiu 19%, segundo o CENP-Meios, e 9% segundo o Kantar Ibope Media. Mas já há claros indicadores de recuperação;
*Na TV Aberta e TV por Assinatura, telejornais, programação de entretenimento – com destaque para reality shows como Big Brother (Globo) e A Fazenda (Record), a transmissão de eventos ao vivo, como os esportivos e de entretenimento (Grammy Awards, Oscar, Prêmio Multishow e MTV Miaw Awards) e lives multiplaforma, em parceria com músicos e bandas – ganharam audiência. Combinada aos veículos digitais, a tevê atingiu numerosos recordes, com elevados níveis de engajamento.
*Tendência observada anteriormente, o consumo dos meios de comunicação favoreceu a Mídia Digital, principalmente se considerarmos que boa parte dos veículos nativos analógicos também se fortaleceu no ecossistema digital, em múltiplos formatos. Com isso, o meio teve crescimento expressivo de audiência e atração de verbas publicitárias, reforçando o papel de protagonismo nos últimos anos. O share da mídia digital passou de 21,2% para 26,7% segundo o CENP-Meios;
* Lives tornaram-se um acontecimento nos primeiros meses das restrições sociais. As empresas anunciantes tiraram proveito do formato, pouco explorado até então, associando suas marcas e produtos à artistas engajados na mobilização por doações para entidades e ONGs.
* O crescimento do consumo de Video on Demand (VOD)/Série também se refletiu nas redes sociais, sendo que Netflix ocupa 18 posições entre os Top 20 mais falados no Twitter. Perdidos em Floripa (Amazon) ficou em 5º lugar e As Five (Globoplay), na 17º colocação.
* No segmento Entretenimento, o Youtube, Uol Splash, Netflix, Globo e Terra ocupam as cinco primeiras posições do ranking. Já, na categoria redes sociais, as Top 5, em número de visitantes únicos são: Facebook, Instagram, Pinterest, Bytedance (Tik Tok) e Twitter. Durante a pandemia, também observamos um crescimento expressivo do uso de aplicativos. No ranking dos 30 mais acessados, estão apps de entretenimento e notícias como Facebook, Uol, Globo e Twitter, de e-commerce (Mercado Livre, Magazine Luiza e OLX) e de serviços financeiros (caixa.gov.br, Nubank), entre outros.
* Destaque também para os influenciadores. Muitos deles construíram canais importantes de comunicação com a população, sendo igualmente relevantes para a difusão de marcas e produtos de alguns dos maiores anunciantes do País, bem como de empresas recém-chegadas à publicidade. O Mídia Dados Brasil incorpora à sua edição informações sobre o uso deste novo e importante formato de comunicação;
* O meio OOH, que nessa edição do Mídia Dados passou a consolidar também os dados de mídia em elevadores e mobiliário urbano, apresentou uma redução expressiva de audiência, nos primeiros meses da pandemia, principalmente em regiões com forte presença de empresas e opções de lazer. Contudo, o meio foi rápido em reagir, acompanhando a volta das pessoas às ruas. (Fonte Google/rdbtec).
* O meio Rádio registrou sensível aumento de audiência em praticamente todos os grandes mercados brasileiros, consumido nas casas, carros e devices, pois praticamente todas as emissoras têm hoje seu sinal digital. Os formatos inovadores tornados possíveis pela internet caso dos Podcasts, que vem ganhando audiência e atraindo a atenção dos anunciantes (Fonte: Podpesquisa – BPOD).
*No cenário de valorização da informação de qualidade, os veículos de mídia impressa, Jornais e Revistas, brilharam graças à qualidade superior da sua curadoria e proatividade na apuração das notícias emmeio em um ambiente envenenado pelas fake news. A audiência do meio teve crescimento em praticamentetodos os grandes mercados consumidores. Iniciativas como a da formação do consórcio entre os veículos decomunicação em sua maioria impressos para consolidação dos dados da pandemia foram notáveis. No ranking de sites de notícias com maior repercussão no mobile, os 10 primeiros colocados são: Globo, Uol, Terra, R7, Metrópoles Sites, IG, Folha S.Paulo, UOL Tilt, Veja e Globo Tecnologia.