Seguindo regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Globo Comunicação e Participações fez a publicação do seu desempenho no ano de 2020 na semana passada. O grupo contabilizou com seu portfólio de produtos uma receita líquida de R$ 12,523 bilhões com vendas de publicidade e serviços (assinaturas de canais pagos e streaming, por exemplo), 11% menor do que em 2019, período que registrou R$ 14 bilhões. A receita do ano passado compromete o pagamento de R$ 9,4 bilhões e, no final, lucro de R$ 3 bilhões.

Em um ano atípico como o de 2020, o resultado surpreende. Houve diminuição de orçamentos de publicidade, represamento de verbas e adiamento de ações mercadológicas. O Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depredação e amortização) teve margem de 6%. “Ficou ligeiramente acima dos R$ 688 milhões”, explica o documento.

O executivo Manuel Belmar, diretor-geral de finanças, jurídico e infraestrutura do grupo, disse “que a empresa alcançou importantes progressos durante o ano, mesmo diante do cenário adverso enfrentado pela pandemia.”  Ele acrescenta: “Em um contexto desafiador para o país e o mundo, a companhia avançou no ganho de sinergias com seu processo de integração e manteve os investimentos destinados à sua transformação digital”.

Belmar destacou ainda que o balanço detalha “a solidez do balanço patrimonial da Globo” que chega a R$ 26,4 bilhões. A principal fonte de receita do grupo é a publicidade, mas a venda de assinaturas da plataforma Globoplay “continua expandindo sua representatividade nos negócios da Globo e registrou recorde de assinantes, com aumento de 73% sobre dezembro de 2019. Sua receita também mais do que dobrou, registrando aumento de 112%.”