As previsões para o investimento global em publicidade neste ano são otimistas. Pelo menos para o relatório Warc, Global Advertising Trends – The Adspend Outlook, divulgado nesta quinta-feira (27).

A expectativa é que o volume seja de US$ 660 bilhões e crescimento de 7,1%. Mas o impacto nesse percentual vem dos 13,2 nas ações ativadas nos canais digitais.

Desse total, o líder Google, Facebook, Amazon, Snapchat e Twitter vão contribuir com US$ 255,2 bilhões. Os meios tradicionais combinados podem contabilizar US$ 324,2 bilhões em 2020.

Mas a televisão fica abaixo dos veículos com matrizes na internet com receitas de US$ 192,6 bilhões, crescimento de 2,5%. De acordo com o Warc, as eleições americanas e os Jogos Olímpicos de Tóquio deve ser agente de crescimento das TVs.

“Prevê-se que a receita publicitária da Alphabet aumente 10,5%, para US$ 149 bilhões em todo o mundo, equivalente a 23 centavos de dólar por anúncio. Um total de 72,4% – US $ 107,8 bilhões – virá da principal plataforma de pesquisa do Google, o que dá à gigante da tecnologai uma participação de 77% no mercado global. O YouTube deverá ganhar mais US$ 18,5 bilhões em 2020, um aumento de 22,1% em relação a 2019 e equivalente a 29,0% de todos os anúncios em vídeo on-line gastos no mundo todo”, detalha a pesquisa da Warc.

A receita de publicidade do Facebook, o segundo maior player do universo digital deverá aumentar 19,0%, para US$ 82,9 bilhões. De acordo com o Warc “grande parte desse crescimento é orgânico, embora a rede social se beneficie das campanhas presidenciais dos EUA este ano.”

A receita de publicidade da Amazon deve aumentar 21,4%, para US$ 17,1 bilhões, o Twitter, 9,2%, para US$ 3,3 bilhões e a Snapchat, de 34,1%, para US$ 2,3 bilhões. “Todos contribuirão para um aumento geral de 13,2% no investimento em anúncios na Internet este ano, para um total de US $ 335,4 bilhões – mais da metade (50,9%) do total global pela primeira vez”, especifica o Warc.

James McDonald, editor-gerente da Warc Data e responsável pela análise, diz que desde 2015 a internet cresceu sete vezes mais rápido. As estrelas são as marcas da holding Alphabet (Google e YouTube) e o Facebook.

“Ainda estamos para alterar nossas previsões à luz da situação do Covid-19, como seria de esperar – se a crise contiver – os gastos deslocados sejam realocados no final do ano. O relacionamento da publicidade com o PIB é forte, mas uma desaceleração econômica relacionada à produção resultante do vírus não se traduzirá necessariamente em menor investimento em publicidade. Se eventos como as Olimpíadas de Tóquio e o torneio Uefa Euro 2020 forem adiados ou cancelados, esperamos um impacto notável “.