A Prefeitura de São Paulo retomou uma das concorrências para a escolha das concessionárias que vão administrar o mobiliário urbano da capital paulista. De acordo com o diretor de gestão corporativa da SP Obras, Francisco Christovam, responsável pelo processo, a licitação dos relógios de rua do município teve continuidade na semana passada com a abertura dos envelopes de habilitação. Já a dos abrigos e paradas de ônibus permanece parada.
Christovam explicou que a suspensão inicial das duas concorrências aconteceu após questionamentos do Tribunal de Contas do Município, que acabou liberando o processo após esclarecimentos. Mas, devido a ações populares, a licitação do abrigo e parada de ônibus ainda não teve seguimento. Na semana passada, porém, a SP Obras encaminhou ao Tribunal de Justiça um pedido de agravo para a questão ser resolvida o quando antes.
Christovam espera que as duas licitações aconteçam em paralelo. Ele contou que três consórcios participam da disputa. Um deles é o IMU (Imagens e Mobiliários Urbanos do Brasil), que é formado por um grupo do México, também reponsável pelo mobiliário da capital mexicana. O outro participante é a “A Hora de São Paulo”, composto pelas empresas JCDecaux do Brasil e Publicrono. O último consórcio é o “Pra SP”, formado pelas empresas Odebrecht, APMR, Rádio e Televisão Bandeirantes (MG) e Kalítera Engenharia. Segundo o diretor, apesar de serem duas concorrências paralelas, os mesmos consórcios participam de ambas.
O processo teve início em março deste ano e tem como objetivo escolher as concessionárias que poderão explorar o mobiliário urbano do município nos próximos 25 anos. O valor da concessão é de R$ 540 milhões para 6,5 mil abrigos e 12,5 mil totens indicativos de ponto de parada do transporte público, e de R$ 146 milhões para instalação de mil relógios com informações institucionais, de hora e de temperatura.
As vencedoras poderão utilizar os espaços para explorar publicidade exterior na medida em que instalarem e se encarregarem da manutenção desses equipamentos. Elas também terão prazo mínimo de três anos para concretizar a mudança do mobiliário urbano.