A Mynd criou o Comitê de Integridade, que vai reforçar a cultura ética da empresa junto aos seus funcionários, colaboradores, parceiros e agenciados, além das leis brasileiras e normas do setor. A área será liderada pelo head de comunicação, Alisson Fernandez, e pelo head do núcleo de creators pretos, Julio Beltrão.

A nova estrutura chega dias depois da polêmica envolvendo a Banca Digital, serviço de marketing de influência lançado pela Mynd em 2020. Segundo o jornalista Leo Dias, alguns perfis cobrariam para falar bem de personalidades.

O Comitê criado também trará análises e perspectivas para ampliar o entendimento, compreensão e interpretação de questões éticas e morais sobre os mais variados temas que abrangem o mercado publicitário e as plataformas digitais.

“A Mynd sempre respeitou as leis e as normas do segmento, operando com um comportamento pautado na integridade de seus negócios, mas é fundamental atualizar e reforçar os códigos de conduta e as políticas de transparência de uma empresa”, disse Fátima Pissarra, CEO da Mynd. A executiva reforça que a empresa não possui ligação com o conteúdo produzido por seus agenciados e parceiros.

De acordo com Fernandez, a missão do Comitê de Integridade é assegurar que todos os profissionais, colaboradores e agenciados possuam uma conduta profissional íntegra, imparcial e honesta. “Qualquer violação ou desrespeito aos princípios contidos em nosso código de conduta e ética serão analisados pelo nosso comitê interno”, disse.

Já Beltrão disse que deseja “promover um ambiente inclusivo, seguro e que garanta uma maior representatividade dentro da agência e nas diversas ações que realizamos com as marcas, nas quais temos um longo caminho a percorrer”.

Fátima Pissarra, Júlio Beltrão e Alisson Fernandez: entendimento das questões éticas (Divulgação)

Reforço de orientações na Banca Digital
Parte da Mynd, a Banca Digital, empresa especializada em marketing de influência, também criou um núcleo de regulamentação para analisar e fiscalizar os perfis de entretenimento agenciados pela BD, para que todos estejam seguindo rigorosamente os códigos de ética, normas e leis brasileiras vigentes.

A iniciativa reforça os pilares e valores da agência, que honra pelo compromisso de transformar a comunicação com respeito e integridade. Murilo Henare, CEO da Banca Digital, comenta o objetivo da iniciativa. “O conselho terá papel fundamental nessa implementação de regras de ética e legislação dentro de nossa empresa, para que o mercado entenda essa profissionalização dos perfis como futuros veículos de comunicação”, ressalta.

O departamento será coordenado pelo diretor Felipe Filippelli, responsável por formatar um time de consultores específicos nas áreas de regulamentação, conduta, ética, gestão, diversidade e também no combate de disseminação de fake news. O Dr. José Estevam Macedo Lima integra a equipe como consultor jurídico da legislação pertinente a liberdade de expressão. Lima é advogado criminalista há mais de 19 anos no mercado do entretenimento e atual Presidente da Comissão de Defesa ao direito de Liberdade de Expressão da ANACRIM-RJ.

Segundo Filippelli, a empresa entende a necessidade deste suporte aos nossos agenciados. “Isso será feito de forma mais incisiva para que todos tenham conhecimento técnico e entendimento das boas práticas do mercado, principalmente quanto a ética jornalística na busca pela veracidade, precisão e apuração dos fatos. Vale ressaltar que a linha editorial dos perfis segue sendo isenta e todos continuam com sua liberdade de expressão”, pontua.